Autor: Lusa
Segundo o decreto episcopal hoje divulgado pela diocese açoriana, monsenhor António Manuel Saldanha e Albuquerque, natural da ilha do Faial, que desde 2024 desempenhava as funções de cónego da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, regressa à ilha de onde é natural, como pároco das paróquias de Matriz e Conceição (ouvidoria do Faial).
De acordo com o mesmo documento, o padre Bruno Miguel Esteves Rodrigues é nomeado diretor do serviço diocesano de evangelização, catequese e missões e o sacerdote Marco Paulo Bettencourt Gomes assistente da Cáritas Diocesana e da Cáritas da Ilha Terceira e capelão do Estabelecimento Prisional de Angra, sendo dispensado das paróquias de Matriz e Flamengos (Faial).
O bispo Armando Esteves Domingues explica que as mudanças de pároco que vão ocorrer em 16 das 17 ouvidorias (conjuntos de paróquias) da diocese resultaram de "um natural e amadurecido diálogo com os párocos implicados e respetivos Ouvidores, a auscultação a algumas comunidades paroquiais, as sugestões dadas nos Conselhos e por conselheiros do Bispo Diocesano” e da preocupação em “acabar com os demasiados párocos (doze) com nomeação provisória, - ‘Ad Tempus’ -, sempre com a sensação de instabilidade pessoal e pastoral, os pedidos de mudança feitos por alguns padres e ainda o refletido e acordado com os Conselhos Pastorais das Ouvidorias aquando da visita pastoral”.
“Os compromissos assumidos nessas Ouvidorias levaram a poder reduzir já um pároco em São Jorge e outro na Ouvidoria das Flores”, acrescenta.
O prelado refere ainda que “procurou-se também ter em conta as indicações dos Conselhos Diocesanos a que se desse mais disponibilidade aos padres de alguns serviços diocesanos, nomeadamente a Catequese, Juventude, Pastoral Universitária, Coordenação Pastoral e Formação Diocesana, Liturgia e Caridade”.
“Se alguns sacerdotes pediram para mudar, a outros foi pedido que abraçassem novos projetos pastorais devido às suas características pessoais. A três párocos foi pedido que antecipassem o fim da sua provisão”, referiu.
Armando Esteves Domingues também expressa o seu “profundo reconhecimento pela atitude livre e construtiva nos diálogos, bem como o manifesto espírito de serviço a Cristo e à Sua Igreja”.
Depois de referir que os padres são enviados para “onde são mais necessários, segundo o discernimento da diocese e as necessidades pastorais do povo de Deus”, admitiu que a continuidade pastoral numa paróquia “passa decisivamente pela estabilidade do seu Conselho Pastoral Paroquial, que é expressão de todos os serviços, carismas e ministérios na comunidade, e pelo Conselho para os Assuntos Económicos, como se acentuou no Projeto Pastoral de 2025”.
“Às paróquias agradeço a estima manifestada pelos seus atuais párocos e peço a abertura ao Espírito Santo para acolher os novos párocos que se apresentarão com igual espírito para continuar a mesma e bela missão de levar a todos a alegria do evangelho”, concluiu o bispo.