Açoriano Oriental
Música e cinema sueco em destaque no Teatro Micaelense até abril

Programação do Teatro arranca em janeiro com o concerto de ano novo, contando ainda com Fernando Daniel, a peça de Diogo Infante e Benedita Pereira e a Mostra de Cinema Sueco

Música e cinema sueco em destaque no Teatro Micaelense até abril

Autor: Carolina Moreira

O Teatro Micaelense apresentou a sua programação para os primeiros quatro meses de 2025, com uma forte aposta na música e no cinema, tendo ainda anunciado a sua credenciação na Rede de Teatro e Cineteatros Portugueses (RTCP) pela Direção-Geral das Artes (DGArtes).

A casa de espetáculos de Ponta Delgada arranca o programa cultural do próximo ano com um concerto e brinde de ano novo, a 5 de janeiro, da responsabilidade da Sinfonietta de Ponta Delgada e com direção do maestro Amâncio Cabral.

Ainda na música, o Teatro vai acolher, a 12 de janeiro, o concerto final do estágio da orquestra de sopros do Conservatório Regional de Ponta Delgada, sob a batuta do maestro José Eduardo Gomes.

A parceria com o Conservatório irá estender-se ainda à celebração dos 74 anos do Teatro Micaelense, a 22 de março e com entrada gratuita, num concerto que conta também com a participação da Banda Militar dos Açores.

Já a 5 de abril, a música eclética estará a cargo do Coral de São José que irá protagonizar o Requiem do compositor João Domingos Bomtempo, em memória de Camões.
A programação do Teatro até abril de 2025 contempla ainda música popular, com a estreia do cantor Fernando Daniel, no dia 8 de fevereiro, e a apresentação do disco “Cravos D’Aqui e D’Acolá”, de Helena Oliveira (8 de março).

Alda Casqueira irá juntar as famílias no Teatro, no dia 16 de fevereiro, para cantar músicas infantis, seguindo-se em abril o festival Tremor, já completamente esgotado (dias 8 a 12).

A casa de espetáculos divulgou também ontem uma forte aposta no cinema, iniciando em janeiro com um ciclo de dois filmes de Francis Ford Coppola:  “Do Fundo do Coração: Reprise” (dia 24) e “Megalopolis” (dia 25), apesar de o maior destaque ir para a 5ª edição da Mostra de Cinema Sueco.

Entre os dias 21 e 23 de fevereiro, o Teatro irá exibir os filmes “Hilma” (de Lasse Hallström), “Conspiração do Cairo” (Tarik Saleh), “I Am Zlatan” (Jens Sjögren) e “Lágrimas e Suspiros” (Ingmar Bergman), em parceria com o consulado da Suécia nos Açores, sendo a imigração e a igualdade de género os principais enfoques da mostra deste ano.

A peça de teatro “Telhados de Vidro” é um dos principais destaques da programação do início do ano, juntando em palco Diogo Infante, Benedita Pereira e Tomás Taborda no dia 15 de março, havendo ainda espaço para um espetáculo de humor, com o regresso do comediante Guilherme Duarte no dia 24 de abril.

Em declarações aos jornalistas, o diretor de produção do Teatro Micaelense, afirma que se trata de um programa “muito diversificado, que abrange as diferentes áreas artísticas, sempre pautado pela captação de novos públicos e mais público, obviamente”.

Alexandre Pascoal revela ainda que a “antecipação da programação do primeiro quadrimestre de 2025” foi realizada para “aproveitar o Natal e algumas compras desta época festiva”.

A ocasião contou com a presença especial do detentor do cartão de sócio número 1 do Teatro Micaelense, que revelou ao Açoriano Oriental que já frequenta a casa de espetáculos há 74 anos. “Sou um habitué. Venho a todos os espetáculos de índole cultural”, revelou Nuno Couto aos 85 anos de idade.

Sobre a programação apresentada, o primeiro sócio do Teatro considera ser “muito boa e eclética. Abrange vários públicos, sempre com tendência para um nível cultural, com aposta na música clássica e não só”, constatou.

Quanto à evolução dos espetáculos agendados pelo Teatro, Nuno Couto considera que “há um grande progresso” e mostra-se “contente por este ano haver mais cinema”.
“Antigamente era só cinema e só depois da remodelação do Teatro é que começaram a haver outros espetáculos talvez mais facilitados pela evolução política do país e por patrocinadores, algo que não havia antigamente”, constatou.

Em declarações ao jornal, Nuno Couto recorda os “tempos antigos”, em que “os espetáculos culturais aqui eram promovidos pela Academia Musical, que deu origem ao Conservatório, os bilhetes eram oferecidos e era assim que havia os eventos de índole musical, além do cinema. Não havia mais nada”, lembra.

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