O presidente do clube, Mário Batista, ficou satisfeito com a votação, apesar de lamentar algumas críticas. "Foi uma assembleia pacífica, apesar de ter estado um ou outro sócio do 'antigo regime' que contribui para para o valor de dívida que o clube tem, e que nos acuse da condução de certos negócios. Estamos a fazer o melhor para o clube e não aceitamos estes desplantes", criticou.

O responsável máximo pelo Santa Clara sublinhou ainda que o facto do clube ter descido o passivo para os atuais 4,5 milhões de euros é um sinal "do bom trabalho da atual direção, que foi inclusive validada pelo adminstrador de insolvência".

Quanto à Assembleia de Credores, a realizar terça-feira, dia 19 de fevereiro, pelas 14h00 no Tribunal de Ponta Delgada, Mário Batista mostrou-se tranquilo, admitindo já existir um acordo prévio com os principais credores.

"Era importante aprovar estas contas para dar sequência ao processo de insolvência para depois passarmos para um processo de recuperação do clube para sair deste sufoco. No entanto, esta recuperação vai ser longa, podendo ir até aos 30 anos, até pelos cortes nos apoios ao desporto que tem ser feito", afirmou.

Mário Batista reiterou que "o pior ainda não passou" e que o processo de recuperação passa por alguns pontos importantes. "Esperamos que haja um perdão da dívida, que seja possível abater o passivo com a dação de algum património que ainda temos e que o remanescente seja projetado para o longo prazo", disse.