Autor: Lusa/AO Online
Segundo o presidente do órgão executivo da URMA, "houve um esforço muito acrescido de melhorar a componente remuneratória em todas as categorias profissionais", que atingiu a média de 6,5% de aumento, integrando o aumento do salário mínimo regional".
"Tratou-se de um esforço financeiro muito acrescido para poder corresponder às expectativas dos sindicatos e dos trabalhadores das 23 misericórdias", vincou Bento Barcelos à agência Lusa, após a assinatura do acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA) em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
O responsável defendeu ainda que, para desenvolverem “a sua missão na área social, na saúde e na educação”, as misericórdias precisam que “haja um estatuto mais favorável pois, num contexto de inflação, todos sofrem, as empresas e as famílias".
De acordo com a URMA, tratou-se de "um avanço" que representa "um passo muito importante para a dignificação dos trabalhadores e também para a credibilização de um setor, que nem sempre tem tido o realce que merece".
“Com este contrato coletivo de trabalho, os trabalhadores podem ver conquistadas e garantidas algumas reivindicações antigas e justas, tais como aumentos e atualizações salariais em todos os níveis remuneratórios, em que só um nível ficou equiparado ao Salário Mínimo Regional, e o subsídio de alimentação, de 5,00 euros, com efeitos retroativos a 01 de janeiro de 2023", assinala um comunicado enviado às redações.
Foi ainda possível "simplificar e valorizar a progressão de carreiras", lê-se no mesmo comunicado.
Sublinhando que aquela “convenção coletiva de trabalho não se atualizava com este sindicato há cerca de 20 anos", o Bento Barcelos explicou que este acordo tem "o mesmo figurino" que outros já celebrados com outros sindicatos.
O presidente do órgão executivo da URMA disse ainda que "está em curso outro processo negocial com sindicatos representativos da classe docente, que vai ser retomado".