Açoriano Oriental
Madeira considera inaceitável redução de vagas no Ensino Superior na região

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, considerou inaceitável a intenção da ministra do Ensino Superior de reduzir o contingente de vagas no continente de 3,5% para 2%, exigindo uma “explicação cabal” sobre o assunto.

Madeira considera inaceitável redução de vagas no Ensino Superior na região

Autor: Lusa/AO Online

“Isso é inaceitável. Vamos requerer à senhora ministra explicações”, declarou o chefe do executivo madeirense aos jornalistas à margem da sua participação numa iniciativa do município de Câmara de Lobos de oferecer à população um mega bolo rei.

Esta intenção do Governo da República foi veiculada pela ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, numa entrevista ao jornal Público.

O governante madeirense opinou que, “mais uma vez", o Governo quer "penalizar as regiões autónomas naquilo que é fundamental para o futuro, que é o acesso dos jovens ao ensino superior”.

Miguel Albuquerque desabafou que ”isto é cada tiro cada melro”, argumentando: “Primeiro, andamos num processo de autofagia do Governo PS e agora a senhora ministra do Ensino Superior tem a ideia peregrina de, mais uma vez, criar dificuldades numa área que é importantíssima para as regiões autónomas, para as novas gerações, que é o acesso ao ensino superior”.

O líder regional reforçou que “esta é uma situação que surge de forma inesperada, ninguém percebe porque vão reduzir contingentes para jovens das regiões autónomas sem qualquer fundamento, sem qualquer razão”.

Por isso, o responsável sustentou que “há que haver uma explicação cabal no sentido dos jovens madeirenses e açorianos não serem prejudicados”.

“Temos de saber porque a senhora ministra meteu na cabeça” esta ideia, sublinhou, acrescentando que a Madeira “vai ouvir e tomar as diligências, no quadro político, necessárias” e anunciou que o Governo Regional vai pedir uma audição à ministra do Ensino Superior.

Albuquerque também considerou ser “muito estranho que alguns órgãos da Universidade da Madeira não se tenham pronunciado sobre esta situação”.

O presidente do governo madeirense foi hoje ‘premiado’ com a fava do mega bolo rei oferecido pelo município de Câmara de Lobos à população, ficando tradicionalmente responsável pela oferta desta iguaria no próximo ano.

“Foi uma verdadeira conspiração”, brincou.

O mega bolo, com 190 metros de comprimento e 265 quilos, considerado o maior de sempre deste evento que vai na sua sétima edição e foi interrompido nos últimos dois anos devido à pandemia, foi confecionado por uma pastelaria deste concelho contíguo a oeste do Funchal.

Como vem sendo tradição, a confeção começou na manhã de sábado e prolongou-se durante a noite, foi servido a centenas de pessoas , residentes e visitantes, acompanhado pela ginjinha em copo de chocolate, ao som de musicas tradicionais da época, tendo como centro o coreto do largo da cidade.

Este evento é promovido pelo município, conta com a parceira dos comerciantes de Câmara de Lobos, e serve para dinamizar a economia local, sobretudo a da baixa da cidade.

O presidente da autarquia, o social-democrata Pedro Coelho, afirmou que este evento é “uma forma de desejar um bom ano a toda a gente, esperando que as previsões macroeconomias de alguns economistas não se concretizem”.

“Saiu a fava ao presidente do Governo Regional e ele para o ano vai pagar o bolo”, concluiu.


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