Autor: AO online
“Agradecemos,
desde já, a todos aqueles que, no interesse comum em preservar as
espécies que se podem caçar nos Açores, se disponibilizem a colaborar em
mais esta ação, que se considera essencial para uma gestão cinegética
que se pretende cuidada e ajustada à realidade regional”, afirmou
Anabela Isidoro, citada por uma nota de imprensa do Gabinete de Apoio à Comunicação Social (GACS).
No âmbito desta iniciativa, está prevista a recolha de amostras em animais recém-abatidos, para que, através de análises específicas, se possa continuar a avaliar a existência de uma resposta imunitária adaptativa do coelho-bravo à DHV2.
A colaboração dos caçadores, sublinha a mesma nota, é determinante para o sucesso desta ação, pelo que se apela à sua comparência nos locais estabelecidos para a recolha de amostras de coelho-bravo, cuja localização pode ser consultada na página da Direção Regional dos Recursos Florestais, no endereço eletrónico http://drrf.azores.gov.pt.
A nova variante do vírus da Doença Hemorrágica Viral, identificada em França em 2010 e que em 2012/13 desencadeou um surto no continente português, com uma elevada taxa de mortalidade, chegou aos Açores em novembro de 2014, tendo sido a Graciosa a primeira ilha a ser afetada.
A diretora Regional adiantou que, de acordo com os resultados das amostras recolhidas há um ano, cerca de 70% das populações de coelho-bravo na Terceira e 40% em São Miguel e na Graciosa já adquiriram imunidade contra a nova variante do vírus da Doença Hemorrágica Viral, frisando, no entanto, que é necessário dar continuidade ao estudo e acompanhar a sua evolução.
Esta
ação, implementada pela Direção Regional dos Recursos Florestais, conta
com a colaboração do Centro de Investigação em Biodiversidade e
Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO-UP) e já decorreu nos
últimos dias nas ilhas Graciosa e Terceira.