Açoriano Oriental
Governo da Madeira garante que criminalidade na região é “residual”

A criminalidade na Madeira é “residual” e a segurança continua a ser uma “imagem de marca” do arquipélago, afirmou o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, admitindo alguns “casos pontuais” relacionados com o consumo de substâncias psicoativas.

Governo da Madeira garante que criminalidade na região é “residual”

Autor: Lusa/AO Online

“Eu estou a falar de dados objetivos. Hoje, na Madeira, a questão criminal é residual, é muito pouco. Pode acontecer um caso ou dois, são casos pontuais”, disse.

Miguel Albuquerque falava à margem de uma visita à escola da Ladeira e Lamaceiros, recentemente requalificada, no Arco da Calheta, zona oeste da ilha, onde comentou as preocupações com a insegurança manifestadas por vários setores da sociedade, sobretudo na cidade do Funchal.

“Dizer que o Funchal é inseguro ou está a saque não tem nenhum sentido”, disse, reforçando que a situação na capital madeirense “não tem nada a ver” em comparação com cidades onde “de facto o crime impera”.

O presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP) reconhece, no entanto, que a existência de “casos pontuais” de violência, na maioria decorrentes do consumo de novas substâncias psicoativas, cria uma “sensação de insegurança” em alguns pontos da cidade.

“É um problema que exige uma intervenção pluridisciplinar, no sentido de integrar essas pessoas, tratá-las”, disse, para logo sublinhar: “A situação de insegurança pode gerar algum desconforto psicológico, mas isso não tem nada a ver com insegurança, não há nenhum clima de insegurança ou de alta criminalidade na Madeira, isso não tem nenhum sentido”.

Em outubro, a Casa de Saúde São João de Deus indicou ter registado um “aumento significativo” do número de internamentos devido ao consumo de novas substâncias psicoativas, referindo que este ano já foram assistidas 110 pessoas.

“Os internamentos subiram particularmente com a pandemia [de covid-19]”, afirmou o diretor da instituição, Eduardo Lemos, sublinhando que em 2021 foram sinalizados 233 utentes e, nos primeiros seis meses deste ano, outros 110, dos quais 50 nunca tinham estado em contacto com a casa de saúde, localizada no Funchal.

O responsável falava em audição na Comissão de Saúde e Assuntos Sociais do parlamento da Madeira, no âmbito da análise de um projeto de resolução, da autoria do PS, que recomenda ao Governo Regional a criação de uma comunidade terapêutica de reinserção social.


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