Autor: Lusa
Fernando Medina falava esta tarde na conferência de imprensa de apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), no Ministério das Finanças, em Lisboa.
“Quando olhamos para a envolvente externa vemos sinais de preocupação com 2024”, afirmou.
O governante apontou, neste sentido, o forte abrandamento do crescimento económico ou até mesmo recessão esperado para alguns dos principais parceiros comerciais de Portugal, bem como que a possibilidade de as taxas de juro se manterem altas no próximo ano.
Fernando Medina salientou ainda como desafio que, apesar da inflação apresentar uma redução gradual, existe ainda incerteza relativamente à evolução dos bens energéticos.
Destacou ainda que pesam no contexto internacional as tensões geopolíticas, considerando que a guerra na Ucrânia e os conflitos regionais continuam a gerar instabilidade – de que é exemplo os últimos desenvolvimentos no conflito israelo-palestino -, assim como as relações entre os EUA e a China que têm impacto no comércio internacional.
Contudo, o governante sublinhou que o país tem ainda assim “importantes forças internas” que ajudam na resiliência do país.
Entre estas apontou a “força do mercado de trabalho”, a estabilidade política e os compromissos sociais alcançados, a “força do setor exportador”, o crescimento do investimento público, uma população mais qualificada e a credibilidade financeira do país.
O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de OE2024, que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.