Autor: Lusa /AO Online
“Apesar de sabermos que vai haver reduções, no setor os compromissos assumidos vão continuar. Se houver uma redução, será residual. No orçamento anterior [de 2022] houve 60 milhões de euros para a agricultura. Penso que estaremos a falar dentro desse valor”, afirmou Jorge Rita, após uma reunião com o líder do Governo Regional na sede da Presidência em Ponta Delgada, no âmbito da elaboração das antepropostas de Plano e Orçamento para 2023, que devem ser discutidos em novembro na Assembleia Regional.
O responsável notou que não foram abordados ou reivindicados montantes, mas disse ter ficado convicto de que o apoio do executivo ao setor será para continuar.
As “ajudas aos rendimentos dos trabalhadores e as infraestruturas agrícolas” serão algumas das prioridades, adiantou.
Relativamente ao próximo ano, acrescentou, a “grande preocupação transversal a todos tem a ver com a inflação e aumento das taxas de juro”.
As reivindicações mais concretas dos agricultores estão, ainda, dependentes da avaliação que vier a ser feita das medidas nacionais.
“Quanto às que forem necessárias ser reforçadas, a expectativa é que a região o faça”, disse.
O presidente da Federação Agrícola admitiu, contudo, que, “de forma transversal, a agricultura começa a sair do sufoco” em que estava há um ano.
“Os aumentos do leite [pago à produção] eram residuais. Hoje a situação não está como desejávamos, mas está mais próxima. Estou convencido de que a média, por indústria, será de 22 cêntimos [de aumento do preço do leite pago à produção]”, indicou.
O Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) depende do apoio dos partidos que integram o executivo e daqueles com quem tem acordos de incidência parlamentar (IL, Chega e deputado independente) para ter maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional.