Açoriano Oriental
Exportação de carne de bovino cresceu 8% no 1.º semestre de 2025

Expedição de carne de bovino em carcaça dos Açores aumentou cerca de 8% no primeiro semestre de 2025, face ao mesmo período de 2024, o que corresponde a “mais 552 toneladas de carne exportada” e a “1434 carcaças a mais abatidas”, segundo a presidente do IAMA

Exportação de carne de bovino cresceu 8% no 1.º semestre de 2025

Autor: Carlota Pimentel

A expedição de carne de bovino em carcaça dos Açores aumentou cerca de 8% nos primeiros seis meses de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A informação foi avançada por António Ventura, secretário regional da Agricultura e Alimentação, numa publicação nas redes sociais.

Em declarações ao Açoriano Oriental, Maria Carolina Câmara, presidente do Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA), explicou que este aumento de 8% corresponde a “mais 552 toneladas de carne exportada” e a “1434 carcaças a mais abatidas”. 

Segundo a responsável, “a exportação de carcaças em contentores, essencialmente para o continente, representa 52% de tudo o que se abate na Região”. 

Para Maria Carolina Câmara, o acréscimo registado no primeiro semestre deste ano representa “um peso e um crescimento bastante importante para a Região”. 

De acordo com os dados avançados pela presidente do IAMA, foram exportadas 4687,6 toneladas de carne de bovino em carcaça entre janeiro e junho deste ano, face às 4153,6 toneladas no mesmo período de 2024. Em número de animais abatidos, o total passou de 18.267,5 para 19.702 carcaças.

Maria Carolina Câmara sublinha o impacto económico deste crescimento: “Para os comerciantes de carne, tem um impacto e tem impacto também para os produtores de carne. Os preços nunca estiveram nos valores que estão hoje”.

Questionada sobre os motivos para este aumento da expedição de carne de bovino em carcaça, a presidente do Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas aponta razões económicas, mais concretamente “a questão do preço da carne no continente”. 

“O preço pago efetivamente tem aumentado imenso e as pessoas têm exportado mais, porque é muito mais rentável”, referiu, realçando que “os preços aumentaram 16%”. 

Conforme explana, este aumento de preços em 16% pagos ao produtor deve-se ao facto de “os fornecedores e clientes do continente estarem a pagar mais aos nossos comerciantes que exportam para lá as carcaças”.

Os principais destinos da carne açoriana continuam a ser, portanto, o território continental e, em menor escala, Espanha. 

“Temos algumas para Espanha, mas essencialmente é o continente português”, afirmou.

Relativamente à certificação da carne expedida, a responsável indica que existe a carne IGP (Indicação Geográfica Protegida)”, salvaguardando, porém, que “a valorização é transversal, quer à IGP, quer à outra carne que não é certificada”. 

“A carne dos Açores é muito valorizada, toda ela, porque a sua maioria, os animais são alimentados nas pastagens”, prosseguiu.  

A presidente doIAMA acrescentou ainda que, anualmente, cerca de 2500 carcaças são certificadas com o selo IGP.

Quanto ao segundo semestre do ano, Maria Carolina Câmara prevê que a tendência de crescimento se mantenha. “Pode não ser nesta variação tão grande, mas penso que se mantém a tendência para a exportação continuar a aumentar”, adiantou. 

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