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Defesa de Eva Kaili vai pedir novamente libertação

A defesa da ex-vice-presidente do Parlamento Europeu (PE) Eva Kailí vai mais uma vez pedir à justiça belga a sua libertação com pulseira eletrónica, declarou o seu advogado grego, Michalis Dimitrakopulos, na televisão privada Skai.

Defesa de Eva Kaili vai pedir novamente libertação

Autor: Lusa/AO Online

"Vamos pedir a substituição da prisão preventiva pela sua libertação [de Eva Kaili]" com pulseira eletrónica, afirmou Dimitrakopulos, que insistiu que a eurodeputada grega é inocente e "não sabe nada sobre o comportamento criminoso do marido", o italiano Francesco Giorgio.

Tanto Giorgi, que era assessor do Parlamento Europeu, quanto Kaili estão em prisão preventiva acusados de participação em organização criminosa, branqueamento de capitais e corrupção em relação à rede de subornos no Parlamento Europeu supostamente ligada ao Qatar e a Marrocos.

A 22 de dezembro, um tribunal correcional belga ordenou que Kaili permanecesse em prisão preventiva em Bruxelas até pelo menos ao próximo dia 22.

A defesa da deputada pediu, então, a sua libertação com uma pulseira eletrónica, o que foi negado.

Dimitrakopulos e o advogado belga de Kaili, André Rizopulos, vão pedir a sua liberdade condicional antes do dia 22, alegando que a justiça belga não encontrou "provas que demonstrem o crime de suborno, assim como não se sustenta a acusação de branqueamento de capitais”.

Kaili, afastada das fileiras tanto do Partido dos Socialistas Europeus (PSE) como do seu partido na Grécia, o social-democrata PASOK-KINAL, vai comparecer perante o Tribunal belga para depor no dia 20 de janeiro, de acordo com a Skai.

No caso do suposto suborno no Parlamento Europeu ligado ao Qatar e Marrocos, o ex-deputado social-democrata italiano Pier Antonio Panzeri, líder da organização Fight Impunity [Luta contra a Impunidade] e suposto líder da rede de subornos, também permanece em prisão preventiva.

Além disso, a presidente do Parlamento Europeu, a maltesa Roberta Metsola, deu início a um processo de urgência para suspender a imunidade de dois deputados do Parlamento Europeu na sequência de um pedido das autoridades judiciais belgas.

Os eurodeputados em questão seriam o social-democrata belga Marc Tarabella e o social-democrata italiano Andrea Cozzolino, indicaram fontes europeias à agência de notícia EFE.

Sob a acusação de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro, a polícia belga deteve vários suspeitos em 09 de dezembro, entre eles a ex-vice-presidente do PE Eva Kaili, entretanto destituída do cargo e retirada do grupo dos Socialistas & Democratas (S&D), e agora eurodeputada não-inscrita.

Também detidos foram o companheiro de Kaili, Francesco Giorgi - antigo assistente de Cozzolino -, e o ex-eurodeputado italiano Pier Antonio Panzeri, numa operação que resultou na apreensão de malas de dinheiro com um total de 1,5 milhões de euros.


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