Autor: AO Online/ Lusa
“Sou muito pessimista sobre quando o circuito voltará à atividade normal devido ao fato de termos de viajar. Embora se jogue à porta fechada, é preciso pensar que há muitas pessoas envolvidas. Internacionalmente, vejo isso como um problema sério”, justificou o atleta.
Em conversa virtual promovida pela Federação de ténis espanhola, o maiorquino de 33 anos assumiu que o mundo é hoje um lugar “muito difícil para todos depois de um mês e meio duríssimo, com muitas perdas de vida irreparáveis”.
A crise económica derivada da pandemia também provocará “um grande sofrimento na sociedade, pelas pessoas que vão ser afetadas com a perda do emprego”.
A seguir aos Estados Unidos e Itália, a Espanha é o terceiro país do Mundo com mais mortos, 23.190 mortos, registando-se ainda mais de 226 mil casos de infetados.
Rafael Nadal entende que a situação no seu país poderia ser menos grave caso tivesse havido uma reação rápida das autoridades, entretanto obrigadas a decisões mais drásticas.
“Tivemos um momento muito mau e tivemos de adotar medidas extremas, porque infelizmente não tomámos medidas preventivas adequadas e agora o que continua a importar é salvar vidas”, criticou Nadal.
O tenista deplorou as “notícias muito desagradáveis” que foi vendo durante as últimas semanas, elogiou a “atitude memorável” do pessoal ligado à saúde e lamentou o facto de este ter de trabalhar “sem dispor dos meios que precisava” para fazer o melhor possível.