Autor: Lusa/AO online
À saída de uma reunião do Conselho de Concertação Social, realizada esta tarde na cidade da Horta, que juntou à mesma mesa membros do Governo e representantes das autarquias, sindicatos e várias associações regionais, Carlos César considerou que o seu executivo está no caminho certo. Segundo explicou, o Plano de Investimentos para 2009 e as Orientações de Médio Prazo reflectem não apenas o modelo de desenvolvimento para os Açores mas também um conjunto de medidas de curto prazo, que se destinam a fazer face às dificuldades causadas pela crise económica internacional. «Trata-se de um plano de investimentos de 760 milhões de euros, que convoca também o sector privado e que se dirige, fundamentalmente, no sentido da manutenção do emprego, da protecção do rendimento das famílias e da situação das nossas empresas», sublinhou. Preocupações que, segundo Carlos César, correspondem também aquilo que são os anseios dos parceiros sociais, que hoje tiveram um primeiro contacto com os documentos. Talvez por isso, à saída do encontro, os sindicatos e os representantes dos sectores produtivos regionais tenham manifestado alguma cautela no discurso, sublinhando que têm ainda duas semanas para analisar os documentos com calma para só depois se pronunciarem eventualmente. Ainda assim, Victor Silva, da CGTP, e Francisco Pimentel, da UGT, entendem que a manutenção dos postos de trabalho e a garantia de mais formação profissional para os trabalhadores no activo são medidas que devem estar salvaguardadas nos planos. Liberato Fernandes, da Federação de Pescas dos Açores, escusou-se, por outro lado, a manifestar a sua opinião sobre os documentos, por considerar que os objectivos traçados pelo Governo, nem sempre têm a devida correspondência em termos de «dotações orçamentais». «Vamos esperar para ver!», disse. Recorde-se que o Governo Regional anunciou um conjunto de medidas de apoio às empresas, através do financiamento dos juros bancários, para fazer face às dificuldades decorrentes da subida do preço dos combustíveis e do aumento da taxas de juro ocorridas em 2008. Medidas que abrangem também o crédito à habitação para os privados, alguns dos quais se viram a braços com dificuldades para garantir os seus compromissos junto da banca.