Autor: Lusa /AO Online
O parlamentar na assembleia legislativa sublinhou que se vive um “momento de profundas mudanças” e que é precisamente neste contexto que o arquipélago não pode atuar apenas por reação.
O deputado defendeu, por exemplo, a necessidade de se trabalhar para a autonomia energética, uma vez que os Açores ainda "dependem muito dos combustíveis fósseis”.
António Lima intervinha na sessão solene evocativa do Dia da Região Autónoma dos Açores, no concelho da Lagoa, na ilha de São Miguel, que voltou ao formato convencional após dois anos de interregno devido à pandemia de covid-19.
O deputado defendeu uma diversificação da economia açoriana, assumindo que esta que “não se aplica sem dor”, bem como uma aposta clara na ciência e na tecnologia ligadas às áreas em que a região manifesta potencial, como o mar.
O líder do BE/Açores alertou, a propósito, para a possibilidade de a natureza ficar “degradada” na sequência de projetos que a iniciativa privada está a desenvolver no arquipélago.
O Dia da Região Autónoma dos Açores foi instituído em 1980 pela Assembleia Legislativa Regional na segunda-feira do Espírito Santo.
De acordo com o preâmbulo do Decreto Regional n.º 13/80/A, de 21 de agosto, de 1980, que institui o Dia dos Açores, na região, formada “por pequenas comunidades isoladas durante séculos”, os seus habitantes “mantiveram cultos e práticas profundamente populares, totalmente enraizadas no quotidiano que, apesar da crescente globalização, ainda mantêm um profundo significado, sendo um dos traços da açorianidade”.
O diploma destaca que a comemoração do Espírito Santo possui uma “vitalidade que se alarga naturalmente a todos os núcleos de açorianos espalhados pelo mundo, incluindo as comunidades de origem açoriana no sul do Brasil, e que se exterioriza em celebrações que são tão espontâneas e tão vividas quão intensas”.