Chamam-lhe Camões. Não pela poesia, não por glória. Por um murro que lhe roubou um olho numa briga. A alcunha colou-se-lhe à pele como uma cicatriz. Mais uma entre tantas. Zé Maria era o seu nome, no tempo da inocência. Antes do divórcio, do desemprego e da casa que lhe levaram.
A droga sintética que consome não o anestesia.
— Não se iludam.
É um alívio de momentos. Um sopro breve. Fuma,...
Camões
Conteúdo exclusivo para subscritores.
Estar informado custa menos do que um café por dia!
Inclui acesso à totalidade das edições impressas, em formato digital, dos jornais e dos respetivos suplementos semanais ou da revista.
