Bolieiro diz que OE deu “passos tímidos” e injustos com os Açores

O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, considerou que a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2026 deu “passos tímidos e não justos” nas responsabilidades do Estado com a região autónoma.



“O Orçamento do Estado 2026 deu passos tímidos e não passos justos, nem suficientes. Deu passos tímidos em compreender a responsabilidade do Estado para com o desenvolvimento dos Açores”, afirmou Bolieiro, na abertura do Conselho Regional do PSD, em Ponta Delgada.

O também presidente do Governo dos Açores afirmou que não se considerou as “suas obrigações enquanto Estado para com todos os portugueses e a Região Autónoma dos Açores”.

Bolieiro saudou, contudo, o aumento das transferências do OE, que tem em consideração a necessidade de “assegurar a otimização da execução dos fundos comunitários, com especial incidência para o PRR- Plano de Recuperação e Resiliência”.

O líder social-democrata está convicto de que os deputados eleitos pelo PSD dos Açores para a Assembleia da República “saberão fazer a defesa da região no domínio do que podem ainda ser os melhoramentos” da proposta do OE, no quadro do debate na especialidade, e “com isso criar lastro para conteúdos decisivos” na revisão da Lei de Finanças das Regiões Autónomas, “em alta”.

Bolieiro considerou, por outro lado, no quadro do Plano e Orçamento dos Açores para 2026, que será apreciado na próxima semana no parlamento dos Açores, que se está a agir “com o sentido de responsabilidade de cumprir os marcos e as metas definidos” do PRR, uma vez que “a consequência do incumprimento é absolutamente desastrosa”.

Bolieiro deixou a mensagem aos partidos da oposição que “não é possível sequer imaginar que, por irresponsabilidade oposicionista, se possa viver em duodécimos em 2026”.

O dirigente está expectante para “ver o sentido de responsabilidade dos outros partidos [que não os da governação]” num quadro em que PSD/CDS-PP-PPM não possuem maioria na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.

Bolieiro destacou ainda que a economia dos Açores cresce há 53 meses consecutivos e que o setor agroalimentar está em alta, quando em 2020, no ano em que chegou à governação a coligação, “o setor produtivo e industria “estava um caos” e havia um “limbo socialista”, bem como nas pescas “o rendimento aumentou”.

O líder do PSD/Açores considerou, a propósito, que a reestruturação das pescas “não pode ser feita à moda socialista, que é atirar mais dinheiro para cima dos problemas”, mas sim “estimular uma visão reformista, porventura com menos dinheiro público” e tendo empreendedores que “tenham a capacidade de viver sem a mão estendida”.

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