Daniel Edwin Wilson, de Louisville, Kentucky, estava a ser investigado pelo seu papel na revolta quando as autoridades encontraram seis armas de fogo e cerca de 4.800 munições na sua residência. Devido a condenações por crimes anteriores, estava proibido de possuir armas de fogo.
A decisão é a mais recente mostra da disposição de Trump em usar a sua autoridade constitucional para beneficiar apoiantes que tentaram mantê-lo no poder, apesar da sua derrota contra Joe Biden em 2020, com o assalto ao capitólio.
Nos Estados Unidos surgiu um debate jurídico sobre se os perdões de Trump para os insurgentes de 06 de janeiro se aplicavam a outros crimes descobertos durante a investigação federal que começou após o ataque ao Capitólio.
Um funcionário da Casa Branca disse que “como as buscas à casa e Wilson se deveram aos acontecimentos de 06 de janeiro, e sem isso não tinham acontecido, o Presidente Trump concedeu-lhe o perdão também nos assuntos relacionados com as armas de fogo”.
Wilson, que foi libertado na sexta-feira, foi condenado em 2024 a cinco anos de prisão depois de se declarar culpado de conspirar para impedir a atuação ou ferir agentes da polícia e de possuir ilegalmente armas de fogo em sua casa.
Os procuradores acusaram-no de planear a participação no motim de 06 de janeiro durante semanas e de ter ido a Washington com o objetivo de impedir a transferência pacífica de poder de Trump para Joe Biden, que venceu as eleições.
No primeiro dia de regresso ao cargo após as ultimas eleições, em janeiro passado, Trump perdoou mais de 1.500 pessoas envolvidas no cerco e assalto ao Capitólio, sede do Congresso norte-americano, quando decorria a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden.
Pelo menos cinco pessoas morreram e 100 polícias ficaram feridos durante o tumulto, executado por cerca de dois mil apoiantes de Trump, pouco depois de o líder republicano ter declarado que não aceitava os resultados eleitorais.
Trump concede perdão por outros crimes a participante no assalto ao Capitólio
O Presidente norte-americano, Donald Trump, concedeu um segundo perdão a um participante no assalto ao Capitólio em janeiro de 2021, que permanecia preso, depois de abrangido pela ampla amnistia, condenado por posse ilegal de armas.
Autor: Lusa
