Autor: Arthur Melo
A direção do São Roque está indignada com o silêncio da Câmara Municipal
de Ponta Delgada (CMPD) sobre a data do início das obras de remodelação
do Campo de Jogos de São Roque.
Énio Miranda, vice-presidente dos
amarelos de São Roque, responsável pela Logística e Infraestruturas,
adiantou ao Açoriano Oriental que após o anúncio por parte da autarquia,
há cerca de três meses, que a empreitada ia começar logo após a
conclusão do Campeonato de Futebol dos Açores, passado todo este tempo
nada foi feito no recinto desportivo.
“Ao que parece estão à espera
de uma autorização do Tribunal de Contas! Agora pergunto: então porque
anunciaram há cerca de três meses que em breve as obras iam arrancar? E
se o Tribunal de Contas for de férias, quando vai ser dada esta
autorização para que as obras se iniciem?”, indagou o dirigente.
O
vice-presidente do São Roque destacou que um dos objetivos da nova
direção, eleita no final de maio, foi o de aumentar o número de
praticantes no clube. Para já, diz Énio Miranda, “estamos a conseguir
cativar muitos miúdos, alguns deles para regressar ao clube, temos
também em cima da mesa a possibilidade de abrir o futebol feminino, mas
agora pergunto: onde é que todos estes miúdos vão poder treinar?”,
perguntou o dirigente.
Énio Miranda recordou também que a equipa de
futebol sénior do São Roque vai, na próxima temporada, voltar a competir
no campeonato dos Açores e que um dos objetivos é “dignificar não só o
futebol açoriano, mas em particular a ilha de São Miguel, o concelho de
Ponta Delgada e a freguesia de São Roque”.
No dia 22 de março a autarquia revelou, em nota de imprensa, que aprovou em reunião camarária e de forma unânime “a adjudicação das obras de beneficiação do campo de futebol de São Roque à empresa A.R. Casanova - Construção Civil, Ld.ª , no valor de 907 mil euros, acrescido de IVA”.
As obras visam a
substituição do relvado sintético, sendo que a intervenção vai incluir a
realização de obras na rede de abastecimento de água, iluminação,
bancos de suplentes, vedação, sistemas de drenagem e rega.
A CMPD
definiu ainda um prazo limite de 180 dias para a execução da obra, a
partir da data da conclusão da consignação total ou parcial.