Açoriano Oriental
Presidente mexicano admite possibilidade de nova crise económica

O Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, admitiu a possibilidade de uma nova crise económica, provocada por fatores externos, e pediu “prudência”, apesar de a economia estar atualmente “muito bem”.

Presidente mexicano admite possibilidade de nova crise económica

Autor: Lusa/AO Online

“Não por questões nossas, mas sim por questões externas, não estamos isentos da possibilidade de uma nova crise económica. Temos que estar preparados”, sublinhou o Presidente em conferência de imprensa no Palácio Nacional.

Como resultado da pandemia de Covid-19, a economia mexicana sofreu um colapso histórico de 8,2%, a maior contração desde a Grande Depressão (1929-1930).

López Obrador, do partido de esquerda Movimento de Regeneração Nacional (Morena), assinalou que o país “está a ir muito bem na parte económica”, está a “recuperar empregos” e que a economia está em “crescimento”.

Por isso, mostrou-se convencido de que o México vai alcançar em breve a “normalidade”, mas pediu para paciência e que os mexicanos não tenham “atitudes triunfalistas”.

“Atuar sempre com cautela para evitar que o nosso povo sofra nas crises e continue pobre”, alertou.

Por isso, defendeu que o Governo deve “manter as finanças saudáveis e não gastar mais do que tem em receitas”.

Estas advertências contrastam com o habitual discurso otimista do Presidente sobre a economia mexicana.

Na última sexta-feira, durante o encerramento da 84.ª Convenção Bancária da Associação de Bancos do México (ABM), López Obrador estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encerre o ano 2021 com um crescimento de 5%.

O Presidente destacou ainda que 500.000 empregos formais já foram recuperados, dos quase 1,1 milhões que desapareceram devido à pandemia em 2020 e prometeu que até meados deste ano vai recuperar os 20 milhões de postos que estavam inscritos no Instituto Mexicano de Segurança Social.

López Obrador, relutante em aumentar a dívida pública do país, tem sido criticado por empresários e economistas por combater a pandemia com planos de austeridade em vez de aumentar os gastos públicos para estimular a economia.

Além de um colapso histórico da economia, a covid-19 deixou 2,17 milhões de infetados e mais de 195.908 mortes.


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