Autor: Lusa/AO Online
“Não, nada. Não fico nada preocupado. Tenho consciência da preparação que estamos a fazer e esta não foi a melhor, por opção. Porque queríamos ter um ano um pouco mais tranquilo e mais relaxado. Foram vários ao mais alto nível. Com muitos estágios, muito tempo fora de casa e agora quero estar mais perto. Mas tenho a consciência de que quando for para apertar, quando for para melhorar e para demonstrar o meu valor, vou conseguir”, vincou.
Em declarações à Lusa, Fernando Pimenta abordava o evento de Racice, onde vai fazer K1 1000, no qual é campeão do Mundo, e K1 5000 metros, bem como o K2 500, com Iago Bebiano.
Para justificar o seu sentimento, Pimenta recordou o seu desempenho no recente Europeu de Maratonas em Ponte de Lima – “demonstrei o meu valor nesse tipo de competições” – no qual foi medalha de ouro nas duas provas nas quais participou, na regata curta de K1, bem como na longa de K2, com Fernando Ramalho, com o qual é tricampeão mundial.
“O principal objetivo é atingir as finais. Em termos de tripulações, vamos experimentar coisas novas, também para tentarmos apoiar e puxar um bocadinho pelos mais novos, para ganharem experiência”, ilustrou.
Enquanto Pimenta se junta a Iago Bebiano no K2 500 metros, João Ribeiro e Messias Baptista, campeões do Mundo desta embarcação, vão sentar-se no K4 juntamente com Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha: no setor feminino, a também olímpica Teresa Portela junta-se a Ana Rodrigues no K2 500, dupla que será reforçada por Ana Brito e Inês Costa no K4.
Pimenta admite estar ainda a “ressacar um bocadinho do Europeu de maratonas”, uma competição “bastante desgastante e exigente” que se realizou entre 05 e 08 de junho, contudo está determinado a viver “outras experiências, novas aprendizagens e tirar bons indicadores” em Racice.
Pimenta admite integrar novas tripulações em Los Angeles2028, lamentando o facto do programa olímpico não o ter permitido em Tóquio2020 e Paris2024, nomeadamente conjugar a participação do K1 com outro barco, como aconteceu em Londres2012, quando foi prata em K2 com Emanuel Silva, ou o Rio2016, em K4 com o mesmo companheiro e ainda João Ribeiro e David Fernandes.
“A porta sempre esteve aberta. Infelizmente nunca deu para conciliar com o K1. Mas sempre tivemos essa porta bem aberta”, garantiu, sempre com vontade de “procurar novos desafios”.