Açoriano Oriental
Londres reclama fundos marinhos
O governo britânico quer fazer valer os seus direitos sobre fundos marinhos no Atlântico onde pode haver reservas de hidrocarbonetos e de recursos minerais, escreve o diário The Guardian na sua edição de hoje. 

Autor: Lusa/AOonline
 Londres prepara-se para apresentar um pedido às Nações Unidas para reclamar a soberania sobre milhares de quilómetros quadrados de fundos marinhos em redor das Malvinas e da ilha Ascensão, no Atlântico Sul, bem como de Rockall, um rochedo isolado no Atlântico Norte.

Estas pretensões poderão defrontar-se com interesses da Argentina, com a qual a Grã-Bretanha se confrontou há 25 anos para conservar a sua soberania sobre as Malvinas no Atlântico Sul, e com a Dinamarca e a Islândia acerca da zona em redor de Rockall, sublinha o jornal.

A Comissão de limites da plataforma continental da ONU aceita até Maio de 2009 requerimentos dos países que têm pretensões territoriais sobre novos fundos marinhos, em virtude de uma nova moldura legal que permite a um Estado redefinir os limites dos seus fundos marinhos em função da extensão da sua plataforma continental se apresentar provas geológicas. 

As fronteiras marítimas dos Estados são fixadas em princípio a 200 milhas náuticas para além das costas, mas este limite pode ser estendido até às 350 milhas se um Estado puder provar que a sua plataforma continental cobre esta distância.

Os fundos marinhos em redor das ilhas Malvinas ocultam reservas de gás e de petróleo, enquanto que os em redor da ilha de Ascensão podem conter riquezas em minerais e o rochedo de Rockall no Atlântico Norte pode vir a desencadear uma disputa por direitos de pesca nesta zona.

A Rússia empreendeu em Agosto uma expedição para reivindicar direitos sobre uma parte do Oceano Árctico rica em hidrocarbonetos e afirma dispor de provas de que esta zona faz parte da sua plataforma continental.
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