Açoriano Oriental
Governo dos Açores realça que precariedade “não acaba por decreto”

O secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública realçou que a “precariedade não acaba por decreto”, defendendo que a região se deve “centrar” no “futuro do trabalho” para combater a pobreza.

Governo dos Açores realça que precariedade “não acaba por decreto”

Autor: Lusa/AO Online

“A pobreza não está circunscrita a determinadas zonas, freguesias ou municípios. A pobreza não está circunscrita aos desempregados. A precariedade não acaba por decreto. Não basta aumentar os salários mais baixos. Não basta aumentar o salário mínimo. Não basta aumentar as transferências sociais”, afirmou Bastos e Silva.

O secretário regional falava na sessão de encerramento da conferência "Combater a Pobreza: Retratos e Soluções", na qual substituiu o presidente do Governo Regional, e que teve lugar no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, sob a organização do Conselho Económico e Social dos Açores (CESA).

Bastos Silva destacou que o “apoio público” do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) vai ser “direcionado para incentivar as empresas a ultrapassar a carência de formação” dos trabalhadores.

“A estratégia política de recuperação que os Açores necessitam no caminho para uma maior equidade passa por maximizar a produtividade e o desempenho da economia com mais criação de valor por via da inovação”, declarou.

O secretário regional considerou que os Açores têm um “modelo económico de ténue crescimento, assente em baixos salários e em precariedade”, que resultam das “baixas qualificações e da ausência de formação” dos trabalhadores.

“A intervenção do Governo Regional deve centrar-se no desenvolvimento do futuro do trabalho. Só ele pode alavancar resultados e crescimento. Só ele pode alavancar a inovação. E tudo isso contribuirá também para a redução da pobreza e da desigualdade”, advogou.

O governante disse ainda que o novo período de programação dos fundos europeus, o Programa Operacional 2030, visa criar uma “agenda social de prosperidade” para a região e “aliar” um “crescimento económico baseado na competitividade do setor privado” com a “convergência social”.

Na sessão de encerramento, o professor universitário e sociólogo Fernando Diogo alertou para a necessidade de a região ser “mais eficaz no combate à pobreza”.

“Destaco a questão da educação e formação enquanto grande bloco de questões com impacto estruturador a longo prazo na resolução desse problema e destaco a importância das transformações na economia, no emprego e na saúde, na conciliação do trabalho e família”, apontou, referindo-se às medidas para a mitigação da pobreza.


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