Autor: Lusa/AO Online
“Eu considero que este projeto de criar uma grande universidade do atlântico é um projeto não só português, como europeu. Porque isso interessa à Europa e interessa ao mundo”, afirmou Costa Silva.
O autor do plano “Visão Estratégica para o plano de recuperação económica e social de Portugal 2020-2030", falava hoje numa conferência virtual, por ocasião do 185.º aniversário da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada.
O consultor realçou o potencial do arquipélago, devido às suas características e localização, para estudar as consequências das alterações climáticas.
“Não há sítios do mundo mais indicados do que os Açores para estudar essas interações entre a terra e a atmosfera, entre o oceano e o ar. A resposta a esses problemas pode debelar muitas das consequências das alterações climáticas extremas que estão a ocorrer”, afirmou.
António Costa Silva realçou, também, as condições da região para “diversificar o turismo” como forma a desenvolver a economia.
“Os Açores, a meu ver, têm condições extraordinárias para diversificar o turismo como tinham vindo a fazer no passado. Nós podemos ter um turismo oceânico, um turismo cultural, um turismo para visitar a biodiversidade, o turismo dos parques naturais”, disse.
O professor universitário salientou que a agricultura da região é “muito específica”, defendendo ser necessário “prestar muita atenção ao território”.
“Temos de ter mapas de resiliência do território e identificar muito bem as vulnerabilidades e ver qual é o mosaico agrícola e florestal mais indicado para defendermos o território contra a erosão e contra as alterações climáticas”, declarou.