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Cofina fecha acordo para compra do jornal Sol
O grupo de media Cofina anunciou esta quarta-feira ter fechado acordo para a aquisição de 33,3 por cento do jornal semanal Sol através de um aumento de capital de 5 para 7,5 milhões de euros.

Autor: Lusa/AO online
       “A Cofina assinou um acordo para a aquisição de 33,3 por cento da sociedade "O Sol Essencial", empresa detentora do semanário Sol”, refere o grupo presidido por Paulo Fernandes em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

    A compra do semanário dirigido por José António Saraiva “não implica nenhumas mudanças no jornal”, disse à Lusa fonte da empresa, garantindo que o Sol “manter-se-á um projecto editorial independente”.

    Para já, a única mudança no Sol prevista pela Cofina é a sua possível deslocalização, a partir de 2009, para a nova sede do grupo de media, que está a ser construída em Benfica, adiantou a mesma fonte.

    "Queremos que o Sol continue na mesma linha de rigor e de independência a que já habituou os seus leitores e que marcou desde o início este projecto de sucesso, e estamos em crer que a entrada da Cofina na sua estrutura accionista contribuirá para o reforço dessa mesma postura, produzindo simultaneamente ganhos de escala que naturalmente são aportados por um grupo de media como o nosso", afirmou Paulo Fernandes, em comunicado hoje divulgado pela empresa.

    Segundo o responsável, a aquisição enquadra-se na estratégia de crescimento que a Cofina está a desenvolver, permitindo ao grupo "estar num espaço onde ainda não possuía qualquer meio: o dos jornais semanais".

    A Cofina detém títulos como o desportivo Record, o diário generalista Correio da Manhã, o económico Jornal de Negócios, o gratuito Destak e a 'newsmagazine' Sábado, entre outros.

    Para o director do Sol, a entrada da Cofina no jornal representará "uma importante mais-valia" para o jornal, "fortalecendo-o sobretudo nas áreas comercial, da produção e da distribuição".

    A Cofina "é um grupo que se afirmou na comunicação social portuguesa (…), mostrando saber valorizar a identidade de cada um dos títulos e respectivas marcas", acrescentou José António Saraiva.

    A entrada do novo accionista no Sol - cujas vendas rondam os 50 mil exemplares semanais - não implica a saída de nenhum dos outros parceiros, que, no entanto, terão de reduzir as suas participações.

    Actualmente o Sol é detido em partes iguais por quatro accionistas: BCP Capital, JVC Holding SGPS, Imosider SGPS e o núcleo promotor do projecto.

    O investimento inicial no Sol situou-se entre os 4 e os 5 milhões de euros incluindo estruturas, edifício e recursos humanos.

    A entrada de um novo accionista no Sol permitirá ultrapassar o "défice" que José António Saraiva afirma existir "em termos comerciais", factor que foi decisivo na escolha do novo parceiro.

    "Um grupo [de media] pode trazer uma mais-valia basicamente comercial", já que "ao fim de um ano [de existência, o jornal] alcançou todos os objectivos, excepto em termos de publicidade", disse o director em entrevista à Lusa em Setembro passado.

    A mudança da estrutura accionista permitirá ainda alcançar um outro objectivo, planeado para o médio prazo, que é "passar a vender o jornal nos países de língua portuguesa, e nomeadamente em Angola", avançou na altura José António Saraiva.
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