Autor: Lusa/AO online
"Desde o primeiro dia que temos dito que quem rompeu com as negociações foi o sindicato. A partir do momento em que o sindicato suspenda ou cancele a greve estamos disponíveis para nos voltarmos a sentar à mesa", declarou à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração da Atlânticoline, Carlos Faias.
Os marinheiros da operadora marítima Atlânticoline iniciaram na quinta-feira uma greve de duas semanas - que se prolonga até 18 de janeiro - em luta por uma revisão do acordo de empresa.
Carlos Faias sustenta que a contraproposta dos trabalhadores em causa "é no mínimo desprovida de razoabilidade", representando em termos anuais "no mínimo um aumento de 500 mil euros" de custos para a empresa, nomeadamente com vencimentos.
"Todos os nossos marinheiros, à exceção dos que estão de férias ou de baixa, estão em greve", admitiu o presidente da empresa, sublinhando que no universo dos trabalhadores da empresa os marinheiros representam 20%.
"Nem o restante pessoal do mar nem o pessoal de terra está paralisado", concretizou Carlos Faias.
Uma determinação do Tribunal Arbitral estipulou os serviços mínimos diários nos dias de greve "para a satisfação de necessidades sociais impreteríveis de mobilidade, nomeadamente para efeitos laborais, de saúde e escolares/académicos".
Os serviços mínimos incorporam duas viagens por dia entre a Horta e Madalena (07:30 e 17:15), igual número de viagens em sentido inverso (nos horários 08:15 e 18:00), e uma outra viagem entre a Horta e Madalena às 09:00, seguida de uma entre Madalena e Velas às 09:40, havendo depois um trajeto Velas-Madalena às 11:20 e Madalena-Horta às 12:55.
A Atlânticoline é a empresa pública de transporte marítimo de passageiros e viaturas nas ilhas dos Açores.
A Lusa tentou, sem sucesso, falar com os representantes dos trabalhadores em greve na Atlânticoline.
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