Autor: Maria Leonor Bicudo/Ana Carvalho Melo
O
trabalho da micaelense, desenvolvido em conjunto com outras três
colegas da Universidade de Aveiro, no âmbito da unidade curricular de
Marketing, do curso de Engenharia e Gestão Industrial, arrecadou o
primeiro lugar no concurso da área de responsabilidade social
corporativa.
De entre 88 projetos participantes, de oito entidades académicas nacionais, foi o destas estudantes, sobre “o impacto da Covid-19 no setor dos vinhos”, o melhor pontuado pelos júris.
Em entrevista ao Açoriano Oriental, Cíntia Câmara, a aluna açoriana de 19 anos, explica que o seu projeto consistiu em implementar medidas de sustentabilidade e de responsabilidade social na Adega Cooperativa e Regional de Monção.
A ideia do tema surgiu da vontade de realizar um estudo sobre um empresa nacional com a qual se identificassem, tendo uma das alunas do grupo ligação a esta adega.
Segundo a estudante açoriana, algumas das soluções propostas para diminuir a repercussão da pandemia no setor vitivinícola passam por substituir as garrafas e embalagens por outras mais sustentáveis e retornáveis; reduzir os fertilizantes artificiais de modo a criar um vinho biológico; criar parcerias com empresas de restauração e de turismo e alterar o marketing digital da empresa de vinhos.
Com um mês para elaborar o projeto,
que incluiu um inquérito a consumidores de vinho, uma entrevista ao
diretor comercial da adega de Monção e a visualização de palestras
online sobre a temática, “a maior dificuldade foi gerir o tempo, durante
a quarentena”, confessa a ribeiragrandense.
“Eu estava em São Miguel, tinha outra colega do grupo na Madeira e as outras duas estavam nas suas terras no continente. E é sempre complicado, porque na ilha queremos estar com a família e aproveitar antes de voltarmos para fora... Tivemos de arranjar tempo todos os dias para trabalhar no projeto. O resto correu muito bem, tanto com a empresa, como com o professor”, destaca Cíntia Câmara.
Apesar de reconhecer todo o trabalho envolvido, refere ter ficado surpreendida com o prémio. “Não estávamos à espera, mas ficámos muito orgulhosas e felizes. Sentimos que o nosso trabalho foi recompensado e é sempre bom para o currículo”, sublinha a jovem, que pretende trabalhar numa fábrica em São Miguel quando terminar o curso.
O prémio de Cíntia Câmara e das colegas de
grupo, Carlota Teixeira, Eva Rodrigues e Inês Freitas, dá acesso
gratuito à Escola de Verão da Academia GRACE, de 6 a 10 de setembro
deste ano.