Açoriano Oriental
Sintap/Açores reivindica aumento salarial de 8,5% em IPSS e Misericórdias

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Sintap) nos Açores reivindicou um aumento salarial de 8,5% para os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e Misericórdias em 2023.

Sintap/Açores reivindica aumento salarial de 8,5% em IPSS e Misericórdias

Autor: Lusa/AO Online

“Os efeitos da inflação que vivemos presentemente permitem-nos chegar a este patamar de 8,5% como percentagem para a atualização dos salários”, afirmou o dirigente do Sintap/Açores Luís Armas, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

Em 2022, os trabalhadores das IPSS e Misericórdias tiveram uma atualização salarial de 5,1%, mas o sindicato alega que os Açores apresentam “o maior valor dos últimos 30 anos” de inflação.

“Estamos a atravessar um período atípico de inflação alta. Os trabalhadores não podem, de maneira nenhuma, perder o seu poder de compra”, salientou Luís Armas.

Os dirigentes sindicais lembraram que o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) já disse que iria atualizar os acordos de cooperação com IPSS e Misericórdias em 2023 e criar o combustível social, com preços mais baixos para as instituições.

Questionado sobre se as instituições teriam capacidade para atualizar os salários em 8,5%, o dirigente do Sintap/Açores Orlando Esteves disse que cabe às instituições negociar os acordos de cooperação com o Governo Regional.

“É um problema para a União das IPSS [URIPSSA] e para a URMA [União Regional das Misericórdias dos Açores], eles é que têm de negociar com o Governo Regional. Ao sindicato cabe o papel de reivindicar os 8,5%, para os trabalhadores não perderem o poder de compra”, apontou.

O Sintap/Acores vai propor também uma redução da carga horária semanal dos trabalhadores das IPSS e Misericórdias de 39 para 35 horas.

“Grande parte das instituições nos Açores já faz 35 horas, isto é uma questão de justiça e de igualdade para todos os trabalhadores”, frisou Orlando Esteves, alegando que há trabalhadores “na mesma sala” com horários semanais diferentes.

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