Autor: Sara Lima Sousa
A Queijaria Furnense costumava ser um ponto de passagem obrigatório de “100% das pessoas” que saíam da Poça da Dona Beija, naquela freguesia. Agora, com o encerramento dessas piscinas termais, essa passagem não tem acontecido. Em declarações ao Açoriano Oriental, Paula Rego, gerente do estabelecimento, revelou uma quebra de cerca de 25% na afluência de clientes.
Paula Rego comparou o movimento de clientes no estabelecimento no início de agosto deste ano, com o mês de março, numa altura em que, normalmente, costumava haver mais agitação, neste estabelecimento.
Segundo a sua gerente, logo no primeiro dia após o anúncio do fecho das termas, sentiu-se alguma quebra na procura.
“Acho que o setor mais afetado foi a área da restauração, e a Queijaria Furnense não poderia ficar à parte dessa situação, porque estamos situados entre os dois espaços: a Poça da Dona Beija e o Parque Terra Nostra”, acrescentou.
Segundo Paula Rego, a maior parte da restauração local partilha da mesma opinião. Maria Eduarda Ferreira, do restaurante Miroma, confirma.
Para Maria Eduarda Ferreira, não só se verifica menos procura na restauração das Furnas, como “em tudo” naquela freguesia.
Ao
proprietário deste restaurante pertence também uma pequena loja situada
mesmo ao lado da Poça da Dona Beija que tem sofrido uma quebra “quase
total” de clientes. “A informação sobre o encerramento da Poça da Dona
Beija está ‘online’ e as pessoas já nem se dirigem ao local”, repara a
filha do dono do Miroma. E, “a parte da freguesia onde funciona a poça
está mesmo parada”, explicou.
Maria Ferreira notou ainda que, no
geral, as Furnas têm estado “mais paradas do que o costume”, mas
desconhece os motivos. “Em 2022, houve muita procura. Agora os turistas
vêm durante o dia, mas não passam a noite”, salientou.