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Líder do CDS-PP antecipa "consequências imprevisíveis" e pede "cartão vermelho" para Cabrita

O presidente do CDS-PP considerou hoje que a organização da final da Liga dos Campeões “deu uma péssima imagem” de Portugal e “terá consequências imprevisíveis” na saúde pública, e pediu “cartão vermelho” para o ministro da Administração Interna.

Líder do CDS-PP antecipa "consequências imprevisíveis" e pede "cartão vermelho" para Cabrita

Autor: Lusa /AO Online

“Eu creio que esta organização da final da Liga dos Campeões deu uma péssima imagem de Portugal e terá consequências imprevisíveis na saúde pública dos portugueses”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos à margem de uma visita à 55.ª Capital do Móvel, exposição patente no Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII, em Lisboa.

Na ótica do líder centrista, "aconteceu ainda pior no Porto aquilo que já tinha acontecido em Lisboa", com os festejos do Sporting, e “a responsabilidade é clara, é do Governo, porque para além de ter falhado no planeamento e na preparação, adotou um critério absolutamente contraditório e incoerente com aquilo que tem exigido aos portugueses”.

Francisco Rodrigues dos Santos considerou igualmente que “isto continua a ter um rosto do fracasso das políticas da Administração Interna do país, que é Eduardo Cabrita”, que apelidou do "suspeito do costume".

E salientou que o ministro da Administração Interna “está constantemente fora de jogo” mas o primeiro-ministro “entende que não o deve substituir” e "continua a proteger o seu amigo Eduardo".

“Portanto, eu acho que está na altura de os portugueses lhe exibirem um cartão vermelho, para que este ministro abandone imediatamente o Governo para que Portugal consiga ter uma cultura de respeito e que os portugueses também sejam respeitados nos sacrifícios que estão a fazer”, frisou, apontando que o Presidente da República também já "fez um reparo ao Governo".

"Eu já não sei de que mais é que precisa António Costa para compreender que tem que abrir a porta da saída para Eduardo Cabrita. [...] Será preciso Marcelo Rebelo de Sousa fazer um desenho a António Costa para que perceba que Eduardo Cabrita não está capaz de exercer, com a dignidade institucional e competência, as funções de ministro da Administração Interna?", questionou o líder do CDS, que já vem pedindo a demissão do ministro.

Apontando que "este caso é apenas mais outra ponta do icebergue de um acumulado de casinhos que este ministro vem protagonizando", Francisco Rodrigues dos Santos criticou "esta cultura de passividade e declarada atuação em que a culpa morre sempre solteira e não há responsabilidades políticas", algo que "vai minando a confiança dos portugueses".

O líder democrata-cristão considerou também "inadmissível" que sejam impostas "aos portugueses multas severas quando desrespeitam os comportamentos de saúde pública”, que os adeptos sejam proibidos “de participarem nos jogos de futebol das suas equipas”, e que sejam cancelados e adiados “festivais de verão", mas que o Governo permita "comportamentos” como aqueles a que se assistiu na final da Liga dos Campeões.

Questionado sobre o papel da Câmara do Porto nesta situação, o presidente do CDS-PP considerou que "a responsabilidade é exclusiva do Governo porque é o Governo que tem a tutela da Administração Interna e deve organizar, preparar e prever este tipo de organizações desportivas de grande escala", sendo também "responsável pela comunicação com o país".

"O Governo quando quer ser respeitado tem de comunicar bem e não pode cometer injustiças nem discriminações, e quando muita gente se sente privada dos seus negócios, na vida social, de fazer o que bem entende e vê a sua liberdade ameaçada, há outros que continuam a fazer tudo como se nada tivesse acontecido. Isto é manifestamente grave e o Governo tem a responsabilidade política de responder perante os portugueses, e o que se exige pelo menos é um pedido de desculpa", defendeu.

A final da Liga dos Campeões decorreu no Porto, no sábado, num jogo com a presença de adeptos ingleses, que durante os últimos dias estiveram aglomerados no centro da cidade, a maioria sem cumprir as regras ditadas pela pandemia, como o uso de máscara e o distanciamento físico.



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