Autor: Lusa/AO online
Segundo nota de imprensa enviada esta quinta-feira pela CDI, organização não-governamental que nasceu no Brasil há 23 anos e que está em mais de 15 países, o primeiro encontro regional da quarta edição do Apps for Good decorrerá na tarde de sexta-feira na Escola Secundária Domingos Rebelo, Ponta Delgada, ilha de São Miguel, com equipas de jovens entre os 10 e os 18 anos.
Estes alunos "vão demonstrar o trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo, apresentando as suas ideias (Apps) que solucionam problemas reais".
Entre os projetos no encontro regional dos Açores está a "DI-Control, uma solução para melhorar a qualidade de vida dos diabéticos" e a "Eat Now que permite reservar, descobrir a localização e a disponibilidade de um restaurante nos Açores".
Há ainda a "Help Student, uma solução para motivar o estudo dos alunos", a "Oh My Tools! para realizar as atividades culinárias de forma organizada", a "Student’s Guide” para ajudar o aluno a decidir sobre a área e curso que deve escolher na passagem do secundário para a universidade" e "a USISM (Unidade de Saúde de S. Miguel), uma solução para marcar consultas online, para justificar faltas e saber o que é preciso levar para as consultas".
Lançado há cinco anos pelo CDI, "o Apps for Good é um projeto de dimensão internacional que pretende seduzir jovens (entre os 10 e 18 anos) e professores para a utilização da tecnologia como forma de resolver os seus problemas, propondo um novo modelo educativo mais intuitivo, colaborativo e prático", refere o mesmo comunicado.
O objetivo é "desenvolver Apps para ‘smartphones’ e ‘tablets’ que possam contribuir para a resolução de problemas relacionados com a sustentabilidade do mundo".
Na sessão em Ponta Delgada desta competição portuguesa pela melhor aplicação criada por jovens para resolver problemas sociais, o júri irá escolher a melhor solução tecnológica que estará no evento final, em setembro, na Fundação Calouste Gulbenkian.
A operacionalização do projeto decorre durante o ano letivo e os participantes têm acesso a uma rede de especialistas que se ligam online à sala de aula.
O modelo de implementação poderá ser em regime curricular ou extracurricular.
No final do projeto, as escolas poderão optar por participar na competição, que está dividida em duas fases: Encontros Regionais – semifinais em que todos os alunos são convidados a ir a fazer a sua apresentação – e Evento Final – em que são premiadas as melhores soluções.
O Apps for Good conta com vários parceiros, como a Microsoft, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação PT, entre outros, além da Direção-Geral de Educação, Associação Nacional de Professores de Informática, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e Associação Portuguesa de Professores de Inglês.
O programa é financiado pela Iniciativa Portugal Inovação Social.
Este projeto educativo Apps for Good foi lançado no Reino Unido e está em cerca de mil escolas públicas.
Em Portugal, arrancou em 2014/15 com 20 escolas e até 2016/17 já abrangeu cerca de 180 escolas, envolvendo cerca de 3266 alunos e 400 professores, explica a nota, acrescentando que este programa está incluído no plano da Direção Geral da Educação (DGE) para o ensino tecnológico.