Açoriano Oriental
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Francisco César afronta "seja quem for" para defender região

O cabeça-de-lista pelo PS/Açores às eleições legislativas, Francisco César, apresentou-se hoje como estando “em coligação com os açorianos”, explicou que concorre para “defender os Açores” e assegurou que, “se tiver de afrontar alguém, seja quem for”, o fará.

Francisco César afronta "seja quem for" para defender região

Autor: Lusa /AO Online

Numa mensagem escrita enviada à agência Lusa, Francisco César, filho do presidente do PS Carlos César, pediu confiança para que possa defender os Açores na República, tal como os tem defendido no Parlamento dos Açores.

“Vamos em frente, em coligação com os Açorianos”, afirmou, garantindo ser candidato à Assembleia da República, não “para combater os governos, nem sequer para combater os candidatos adversários”, mas “para representar os Açores”, enfrentando para isso quem preciso for.

“Se tiver que afrontar alguém, seja quem for, para o fazer, afrontarei. Se tiver que estar ao lado de outros partidos para defender os Açores, também estarei”, afirmou, manifestando conhecer, “para o bem e para o mail, o julgamento familiar” a que está sujeito.

As declarações de Francisco César, que encabeça a lista dos socialistas açorianos a apresentar nas eleições legislativas nacionais de 30 de janeiro, surgem um dia depois de o seu nome – e o dos outros candidatos – ter sido aprovado pela Comissão Regional do PS/Açores, o órgão máximo entre congressos.

“Tenho muita honra em ser filho de quem sou e do que o meu pai fez pelos Açores”, disse hoje Francisco César, referindo-se ao pai, Carlos César, que foi presidente do Governo Regional dos Açores.

“Espero ter aprendido com ele muita coisa. Ele fez o seu percurso e eu estou a fazer o meu. Quero, por isso, que as pessoas me julguem pelo meu trabalho e não pelo meu parentesco”, frisou.

Francisco César lembrou que “todos os cargos” que já desempenhou, na política ou na vida cívica, “foram por eleição e não por nomeação”.

De acordo com um comunicado do PS/Açores, o candidato tem 43 anos, é deputado no parlamento açoriano e licenciado em Economia.

Dirigente nacional e regional do PS, membro da Assembleia Municipal de Ponta Delgada, Francisco César já presidiu ao grupo parlamentar do PS na Assembleia Regional, bem como a comissões parlamentares de Economia e de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho.

Francisco César considera que “o país, e em particular os Açores, estão a enfrentar enormes desafios, fruto da situação pandémica”.

“Para vencer esses desafios precisamos de nos unir todos. Socialistas e não socialistas, juntos, na Assembleia da República, em diálogo com os Governos, para ajudar a nossa terra”, destacou.

Para o candidato, “as empresas precisam de apoios para ultrapassar a quebra do consumo do passado, a subida de preços do presente e a incerteza em relação ao futuro”.

Por outro lado, “as famílias precisam de ser protegidas da inflação, (por exemplo da subida dos combustíveis) e ajudadas face aos baixos rendimentos do trabalho, aos exagerados custos de compra ou renda de uma habitação”.

“Quem trabalha não pode ser pobre. Quem se esforçou, estudou e se qualificou, espera, legitimamente, que a sociedade retribua esse esforço com um emprego digno, estável e bem remunerado”, defendeu.

O cabeça-de-lista dos socialistas açorianos considera não ser possível “aceitar um nivelamento horizontal dos salários entre os 700 e os mil euros, indiferente à qualificação e ao trabalho”.

“Não podemos aceitar que quem trabalhou toda uma vida, tenha que pensar se os seus rendimentos de reforma lhe permitem a segurança na saúde e na velhice que merecem”, sustentou.

César considera que “o contrato social que nos rege e nos dá a esperança de uma vida melhor no futuro, com igualdade de oportunidades, tem de ser restaurado”.

“Para isso, há caminhos distintos, protagonizados pelo PS, e pela coligação de direita”, observou.

A Comissão Regional do PS/Açores aprovou no sábado Francisco César como cabeça-de-lista na candidatura às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, seguindo-se, em lugares elegíveis, Sérgio Ávila, Isabel Rodrigues, João Castro e Cláudia Viegas Cabrita.

A informação foi adiantada aos jornalistas, no fim da reunião daquele órgão máximo entre congressos regionais, pelo presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, de acordo com quem os votos favoráveis à lista que recebeu luz verde “excederam os 85%”.

“Trata-se de uma maioria robusta clara. É uma lista com reforçada capacidade de influência e intervenção política e conhecimento profundo dos interesses regionais”, afirmou o líder regional socialista.

A lista que os socialistas açorianos vão apresentar nas eleições legislativas nacionais para a Assembleia da República inclui, como suplentes, Henrique Couto Melo (ilha de Santa Maria), Carla Nóia (Flores), André Fernandes (São Jorge), Ana Sofia Ambrósio (Corvo) e Cláudia Vieira da Silva (Graciosa).

Já Francisco César, pertence ao secretariado de Ilha de São Miguel e Sérgio Ávila ao da Terceira.

Francisco César, atualmente deputado no parlamento açoriano, foi líder do secretariado de Ilha de São Miguel do PS-Açores até abril e liderou a bancada parlamentar do PS na Assembleia Regional.

Sérgio Ávila foi vice-presidente do Governo Regional dos Açores.

Os Açores elegem cinco deputados para a Assembleia da República, sendo que nas últimas legislativas três foram eleitos pelo PS e dois pelo PSD.


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