Açoriano Oriental
Família do Pico da Pedra procura dador de medula para filha

Bebé de 14 meses foi diagnosticada com um tipo raro de leucemia que apenas pode ser curado através de um transplante de medula

Família do Pico da Pedra procura dador de medula para filha

Autor: Carolina Moreira

Liliana e André são pais da pequena Leonor que, aos 11 meses de idade, foi diagnosticada com Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMMJ), uma doença rara que apenas pode ser curada através de um transplante de medula óssea.

Passados três meses do diagnóstico, a família da freguesia do Pico da Pedra, no concelho da Ribeira Grande, procura agora um dador compatível para a bebé, apelando à população que se inscreva no IPST- Instituto Português do Sangue e da Transplantação (https://www.ipst.pt/index.php/pt/dador-de-medula-ossea).

Em entrevista ao Açoriano Oriental, Liliana conta que o diagnóstico da filha surgiu após a pediatra ter detetado que tanto o baço como o fígado da bebé se encontravam dilatados, seguindo-se um processo de vários exames até à deteção da doença rara que atualmente representa apenas 2 a 3% das leucemias na idade pediátrica.

O diagnóstico obrigou a que esta família se deslocasse para Lisboa, onde se encontram há três meses, estando a pequena Leonor a ser acompanhada no IPO de Lisboa e a realizar sessões mensais de quimioterapia que, segundo a mãe, são meras “manutenções”.

“Nós [pais] não temos a compatibilidade que ela precisa e só o transplante a pode salvar”, assegura Liliana que apela a “quem puder” para se inscrever como dador de medula óssea.

“Hoje pela minha filha, amanhã por outra pessoa. A vossa dádiva pode salvar o meu grande amor”, apela esta mãe numa mensagem que se encontra também a circular pelas redes sociais.

Refira-se que, para ser dador de medula óssea, é necessário “ter entre 18 e 45 anos; ter no mínimo 50 quilogramas e 1,50 metros de altura; ser saudável e nunca ter recebido uma transfusão de sangue”, podendo ser encontradas mais informações no site do IPST.

No caso específico de São Miguel, a família apela aos potenciais dadores que se desloquem ao Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, e que informem nas consultas externas que pretendem tornar-se dadores de medula óssea.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Pediatria, a leucemia mielomonocítica juvenil é uma doença rara, com mau prognóstico, uma vez que a “raridade e as características inespecíficas desta patologia acarretam frequentemente erros e atrasos no diagnóstico. A LMMJ pode mimetizar ou manifestar-se na sequência de uma infeção viral, pelo que a presença de infeção não a permite excluir”.

“O transplante de células estaminais é o único tratamento potencialmente curativo”, realça.

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