Açoriano Oriental
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Escola Profissional da Povoação

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EPMJMAF: O nosso Ecossistema Digital


Exemplodisciplinas

A analogia entre o ecossistema natural e digital é interessante, principalmente no momento atual em que nos encontramos provocado pelo COVID-19. Se num ambiente natural os ecossistemas evoluem, adaptam-se e ajustam a sua dinâmica ao longo de um período normalmente extenso de tempo, a maioria da Escolas teve que inventar e criar tanques de água com meia dúzia de bóias, e depois enfiou professores e alunos lá dentro, na esperança que seres terrestres se transformassem de um dia para o outro em seres anfíbios (ninguém acreditou que se podiam transformar em seres aquáticos). Acontece que, infelizmente, muitos não sabiam nadar, outros enjoavam nas bóias e os que sabiam nadar, entraram num frenesim que nem tiveram tempo para parar e ensinar os outros a boiar e a dar umas braçadas para não irem ao fundo, nem despenderem tanto tempo a esbracejar, num esforço sem fim.

No caso da Escola Profissional da Povoação, já andamos há uns anos a ensinar os professores e os alunos a nadar, e isso foi determinante para facilitar a transição entre a formação presencial e a formação à distância. 

A aposta no elemento digital começou em 2014 através da adopção de uma plataforma digital (G Suite for Education) que nos permitiu criar uma comunidade digital assente na comunicação (mail e chat), na partilha de conteúdos pedagógicos e na substituição do papel pelo digital nos manuais, nos trabalhos dos alunos e na base de dados documental da Escola (cloud). O segundo passo foi dado com a criação de grupos privados por turma (professores e alunos) na rede social facebook criando um canal informal, mas escolar, para a partilha de informações, imagens, vídeos ou simplesmente conviver entre todos os elementos da turma. Desta forma, fomos gradualmente cumprindo os nossos objetivos iniciais: reduzimos o consumo de papel na escola, imprimimos menos manuais, menos trabalhos de alunos e desenvolveu-se na Escola uma comunidade que usa os recursos digitais no seu dia a dia, reduzindo a pegada ecológica e libertando recursos que foram aplicados noutros aspetos da formação. 

Quando chegámos a este período, em que a utilização das ferramentas digitais já estava perfeitamente integrada na dinâmica da Escola, verificámos que a ausência de meios tecnológicos estava a criar desigualdades no processo de ensino aprendizagem. Ou seja, de um ano para o outro, a requisição de portáteis para a realização de trabalhos pelos alunos duplicou, as salas de informática passaram a estar ocupadas pelos alunos (trabalhos e outras atividades sociais) durante a hora de almoço e durante os tempos livres. No ano seguinte, em 2017, iniciámos a distribuição de equipamentos informáticos a todos os novos alunos da Escola. Para facilitar a sua utilização em sala de aula, optámos por dar um tablet a cada novo aluno, eliminando assim as diferenças no acesso aos conteúdos digitais. A par deste investimento, foi necessário melhorar a infraestrutura interna e os equipamentos de rede para assegurar que não haviam falhas nos acessos à internet e à intranet da Escola.

Assim, quando fomos obrigados a encerrar e a iniciar a formação à distância, já tínhamos na nossa Escola um ecossistema criado, funcional e que dominava as ferramentas digitais (mail, chat, cloud, canal youtube, canal privado meo, facebook (página social e grupos privados) e que estava habituado a conviver e a trabalhar fazendo uso destas ferramentas. Serviços, professores e alunos, partilhavam digitalmente informações, trabalhos e recursos diariamente. A opção pela plataforma de ensino à distância fez-se dentro da plataforma que já estava enraizada na Escola (classroom) e, felizmente, tivemos a oportunidade de a testar com os nossos alunos antes da escola fechar.

No entanto éramos, e somos, um escola vocacionada para o ensino presencial, para a prática simulada, para a experiência e para a partilha de saberes e competências entre formador e formandos.

Deparámos-nos com uma situação singular e que exigiu um esforço de adaptação e de reinvenção que nos obrigou a adiar o início da componente técnica até que, por via das orientações superiores, ou da aprendizagem dos formadores, se conseguisse uma alternativa viável e coerente. Internamente, a experiência com as primeira aulas à distância nas componentes sociocultural e científica permitiu testar ideias, definir procedimentos e criar um manual com as orientações gerais para os formadores e para os formandos, simplificando o processo e uniformizando as práticas para evitar a dispersão dos alunos por várias plataformas e, simultaneamente, ajudar os professor a ganhar o seu ritmo, o seu espaço nesta nova dinâmica escolar. Neste processo, foi determinante o feedback dos alunos e a partilha de informações entre os formadores.

Neste momento, sinto que estamos bem encaminhados, mas ainda agarrados (no nosso caso presos às evidências do FSE) a um conjunto de procedimentos que nos limitam as opções e a gestão de um plano de ensino à distância baseado nas competências e nas aprendizagens autónomas dos alunos e não numa carga horária que temos que cumprir e que validar (para os professores e para os alunos). Concluindo, somos uma comunidade digital que está a aprender a viver e a aprender à distância através de:

  • Uma plataforma de E@D assente no G Suite para a educação: classroom, meet, gmail, chat, drive, forms e outros recursos digitais como o kahoot;
  • O classroom está organizado por salas na relação formador/turma (independentemente das disciplinas que o formador leciona nessa turma);
  • Há uma sala comum a toda a comunidade escolar dedicada à área de cidadania e que funciona como ponto de encontro;
  • Existem salas para os conselhos de curso, para os funcionários e para os órgãos de gestão;
  • Na sala do DT há um tópico exclusivo para os assuntos da direção de turma;
  • Há 2 salas para formação de professores (são salas espelhadas, mas em que numa delas o formador assume o papel de aluno para ver, testar e experimentar as ferramentas apresentadas na perspetiva do aluno;
  • Há 1 elemento responsável pelo apoio técnico e 1 elemento responsável pelo apoio pedagógico;
  • Apesar de haver uma matriz para o funcionamento das aulas à distância, cada professor ajusta as suas aulas à especificidade da disciplina e às características e capacidades de cada turma, apostando nas suas competências enquanto formador e educador;
  • Os serviços mantém o contacto regular com os formadores e com os alunos, assegurando online todos os serviços prestados presencialmente;
  • O horário é gerido semanalmente de acordo com a disponibilidade e as atividades programadas pelos formadores. Este horário é disponibilizado na semana antes.
  • Os formadores apresentam um plano para as aulas (GPS) no inicio de cada módulo/UFCD  indicando as sessões síncronas e assíncronas, os conteúdos a abordar, os trabalhos e os instrumentos de avaliação a aplicar e um plano de trabalho detalhado em cada aula/atividade;
  • Os grupos no facebook continuam a ser o canal informal de excelências para as comunicações entre as turmas e os formadores;
  • Os alunos mais tímidos e/ou com mais dificuldades descobriram a caixa de mensagens privadas e tiram mais dúvidas no E@D do que tiravam em sala de aula (adaptação);

A avaliação regular que fazemos junto dos professores e dos alunos é determinante para que o nosso ecossistema continue a evoluir, tendo os professores um papel importante em todo este processo, orientando e apoiando os alunos em todo o processo e ensino aprendizagem.

Uma nota importante, para terminar esta reflexão em grande. Os nossos alunos, que tantas vezes são tratados como um ser inoperante e dependente da vontade alheia pelos vários interlocutores neste processo (governo, sindicatos, professores), têm-se adaptado de uma forma impressionte, superando diáriamente as suas dificuldades e apresentado um ritmo de trabalho extraordinário, numa atitude responsável e cooperante que merece ser valorizada aqui.  

Ensinamos e aprendemos diariamente, num esforço conjunto assente no mesmo objetivo: o sucesso escolar dos nossos alunos.

AO Escolas

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Esteve em S. Miguel, entre 7 e 9 de março, a doutora Ana Pires, astronauta análoga e cientista-astronauta. Esta foi uma iniciativa conjunta do Clube de Astronomia da Escola Secundária da Lagoa, do American Corner (Universidade dos Açores) e do Observatório Astronómico de Santana – Açores (OASA).
 
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Escola Secundária da Lagoa
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