Motoristas dos autocarros vão aderir à greve geral

Os motoristas dos transportes públicos vão fazer greve amanhã. O Sindicato dos Profissionais dos Transportes espera uma paralisação a rondar os 50%



O Sindicato dos Profissionais dos Transportes, Turismo e Outros Serviços de São Miguel e Santa Maria (STTOSSMSM) vai aderir à greve geral de amanhã, esperando uma adesão dos motoristas dos transportes públicos  das três companhias na ilha de São Miguel (Varela, Cateano Raposo & Pereira e Auto Viação Micaelense) e ainda os motoristas dos minibus.

Em declarações ao jornal Açoriano Oriental, Nuno Amaral, presidente do sindicato, espera que “a adesão seja forte”.  “Temos de estar sempre presentes nas greves e o que sabemos é que vai haver uma adesão que, pelas nossas contas, poderá rondar os 50%”.

Recorde-se que na greve geral de amanhã, convocada pela CGTP e pela UGT, está em causa as propostas do Governo da República de alteração à lei laboral. Para Nuno Amaral, as propostas não fazem “muito sentido, porque não podemos estar reféns de um contrato laboral que só beneficia as empresas e não beneficia nada do que é o nosso dia a dia”.

Saliente-se que não estão decretados serviços mínimos, tendo em conta que se trata de uma greve geral.

Nova greve em abril 2026
Em outra frente, o Sindicato dos Profissionais dos Transportes, irá convocar um greve no próximo ano, possivelmente para abril, devido aos aumentos salariais e outras reivindicações. Nuno Amaral refere que “estamos à espera da marcação de uma reunião de conciliação, e no caso de não existir consenso vamos avançar para uma greve  que será a partir da primeira ou da segunda semana de abril”.

Em causa, disse o sindicalista, estão “aumentos salariais em que pedimos para chegar aos 1111 euros e isso dava um aumento na ordem dos 5% mais ou menos. Pedimos também um aumento na subsidio de alimentação, passar de 105 euros para 120 euros e pedimos também um aumento nas diuturnidades, passar de 18 euros para 20 euros”, sendo que esta última reivindicação é uma forma de existir igualdade em “quem entra de novo e quem já está há alguns anos nas empresas”.


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