Autor: Lusa/AOonline
A missão é considerada delicada dado que a coluna vai atravessar a linha da frente dos combates e um território ocupado por rebeldes.
A coluna partiu de Goma, capital da província do Kivu-Norte (leste do país), 75 quilómetros a sul de Rutshuru, pouco antes das 09:00 locais (07:00 em Lisboa), com algum material médico e água, afirmou Gloria Fernandez, chefe da missão do Gabinete de Coordenação de ajuda humanitária da ONU (OCHA) para a RDCongo.
Mas trata-se, acima de tudo, de uma missão de avaliação, disse a responsável à agência France Presse (AFP), em Goma, cidade do Kivu-Norte, onde combatem há várias semanas homens de Nkunda e as Forças Armadas da RDCongo (FARDC).
Um responsável do Programa Alimantar Mundial (PAM) na RDCongo, Theo Kapuku, referiu hoje que a equipa "foi enviada para se apurar a possibilidade de mandar auxílio para Rutshuru, nos próximos dias.
A equipa é composta por uma dezena de veículos Todo-o-Terreno, com funcionários de agências da ONU, entre as quais o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) e o Fundo da ONU para a Infância (UNICEF), bem como a organização não-governamental britânica Merlin.
A coluna é escoltada por cerca de 50 "capacetes azuis" da missão da ONU na RDCongo (MONUC).
O Kivu Norte é palco de uma catástrofe humanitária, com mais de um milhão de deslocados.
A região de Rutshuru foi fortemente afectada pelos combates das últimas semanas. Várias dezenas de milhar de pessoas, que se tinham refugiado em campos de deslocados, em Rutshuru, fugiram quando os confrontos se intensificaram, estando actualmente dispersas nas florestas e nas localidades em redor.
Segundo a página digital da BBC, o motivo dos actuais combates não é claro. O ex-general Nkunda afirma que combate para proteger a sua etnia, tutsi, de ataques por parte de rebeldes ruandeses da etnia hutu.
Entre esses rebeldes, segundo Nkunda, estariam alguns hutus ruandeses acusados de participar no genocídio de 1994, no Ruanda, durante o qual milícias extremistas hutu e elementos do Exército ruandês foram acusados de cometer um massacre sistemático de tutsis.
Em 100 dias, cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos.
Naquela província, próxima do Ruanda, Burundi e Uganda, confrontam-se o exército congolês, tropas sublevadas, rebeldes hutus, refugiados na região depois de cometerem o genocídio de Ruanda em 1994, e rebeldes tutsis, etnia vítima da matança e que se armou, alegando sentir-se ameaçada.
O governo da RDCongo prometeu repetidas vezes impedir que milícias hutus utilizem o seu território, mas até agora foi incapaz de o fazer.
O último prazo para cumprir essa medida expirou no final de Agosto, exactamente quando os confrontos foram retomados.
No entanto - refere a BBC - alguns analistas afirmam que os confrontos poderiam ter outro motivo. O leste da RDCongo é rico em recursos naturais, como ouro, e a luta poderia ser pelo controle dessas riquezas.
Outros analistas afirmam ser plausível que o Ruanda esteja a usar as forças do general Nkunda para pressionar a RDCongo a cumprir a sua promessa de desarmar as milícias hutus, refere a BBC.
A coluna partiu de Goma, capital da província do Kivu-Norte (leste do país), 75 quilómetros a sul de Rutshuru, pouco antes das 09:00 locais (07:00 em Lisboa), com algum material médico e água, afirmou Gloria Fernandez, chefe da missão do Gabinete de Coordenação de ajuda humanitária da ONU (OCHA) para a RDCongo.
Mas trata-se, acima de tudo, de uma missão de avaliação, disse a responsável à agência France Presse (AFP), em Goma, cidade do Kivu-Norte, onde combatem há várias semanas homens de Nkunda e as Forças Armadas da RDCongo (FARDC).
Um responsável do Programa Alimantar Mundial (PAM) na RDCongo, Theo Kapuku, referiu hoje que a equipa "foi enviada para se apurar a possibilidade de mandar auxílio para Rutshuru, nos próximos dias.
A equipa é composta por uma dezena de veículos Todo-o-Terreno, com funcionários de agências da ONU, entre as quais o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) e o Fundo da ONU para a Infância (UNICEF), bem como a organização não-governamental britânica Merlin.
A coluna é escoltada por cerca de 50 "capacetes azuis" da missão da ONU na RDCongo (MONUC).
O Kivu Norte é palco de uma catástrofe humanitária, com mais de um milhão de deslocados.
A região de Rutshuru foi fortemente afectada pelos combates das últimas semanas. Várias dezenas de milhar de pessoas, que se tinham refugiado em campos de deslocados, em Rutshuru, fugiram quando os confrontos se intensificaram, estando actualmente dispersas nas florestas e nas localidades em redor.
Segundo a página digital da BBC, o motivo dos actuais combates não é claro. O ex-general Nkunda afirma que combate para proteger a sua etnia, tutsi, de ataques por parte de rebeldes ruandeses da etnia hutu.
Entre esses rebeldes, segundo Nkunda, estariam alguns hutus ruandeses acusados de participar no genocídio de 1994, no Ruanda, durante o qual milícias extremistas hutu e elementos do Exército ruandês foram acusados de cometer um massacre sistemático de tutsis.
Em 100 dias, cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos.
Naquela província, próxima do Ruanda, Burundi e Uganda, confrontam-se o exército congolês, tropas sublevadas, rebeldes hutus, refugiados na região depois de cometerem o genocídio de Ruanda em 1994, e rebeldes tutsis, etnia vítima da matança e que se armou, alegando sentir-se ameaçada.
O governo da RDCongo prometeu repetidas vezes impedir que milícias hutus utilizem o seu território, mas até agora foi incapaz de o fazer.
O último prazo para cumprir essa medida expirou no final de Agosto, exactamente quando os confrontos foram retomados.
No entanto - refere a BBC - alguns analistas afirmam que os confrontos poderiam ter outro motivo. O leste da RDCongo é rico em recursos naturais, como ouro, e a luta poderia ser pelo controle dessas riquezas.
Outros analistas afirmam ser plausível que o Ruanda esteja a usar as forças do general Nkunda para pressionar a RDCongo a cumprir a sua promessa de desarmar as milícias hutus, refere a BBC.