Autor: Rui Jorge Cabral
Os três Centros de Reabilitação de Aves Selvagens (CERAS) dos Açores
acolheram e trataram cerca de mil aves de várias espécies - algumas
delas raras - durante a última década.
Um número que foi revelado ao
Açoriano Oriental pela Direção Regional do Ambiente, que tutela os
centros, através dos Parques Naturais de Ilha. O primeiro CERAS surgiu
no Corvo, em 2010, seguindo-se o Pico, em 2015 e São Miguel, em 2016,
abrangendo desta forma os três grupos de ilhas do arquipélago dos
Açores. O CERAS de São Miguel está instalado na Quinta de São Gonçalo, no edifício do antigo hospital veterinário Alice Moderno.
O papel dos Centros de Reabilitação de Aves Selvagens dos Açores é o
de acolher e tratar aves selvagens feridas, debilitadas e com a sua
vida em risco, promovendo a sua reabilitação para as devolver, mais
tarde, ao seu meio natural. Nalguns casos, isso já não é possível e as
aves acabam por morrer, mas a taxa de sucesso na reabilitação de aves
feridas e na sua devolução ao meio ambiente é muito elevada.
Paralelamente,
os CERAS desenvolvem também um importante trabalho de sensibilização
ambiental junto da população, sobretudo as crianças e jovens em idade
escolar, divulgando o seu trabalho e promovendo o conhecimento das aves
selvagens residentes e migratórias que podem ser avistadas no
arquipélago, mas também a importância da manutenção da biodiversidade.