Açoriano Oriental
Câmara do Corvo dá prioridade ao abastecimento de água este ano

O município do Corvo conta com um orçamento de 2,5 milhões de euros este ano, tendo como prioridade a reabilitação da rede de abastecimento de água à população.

Câmara do Corvo dá prioridade ao abastecimento de água este ano

Autor: Lusa/AO Online

“É extremamente importante, embora o valor não seja o mais elevado. A rede de abastecimento, que vem desde as bacias de retenção superficial, tem perdas e está completamente obsoleta. A garantia de água à população obviamente que é dos investimentos mais importantes que nós temos”, adiantou, em declarações à Lusa, o presidente da Câmara Municipal do Corvo, José Manuel Silva (PS).

A obra, que terá um prazo de execução de seis meses e um custo de 275 mil euros, deverá estar concluída em 2020, segundo o autarca.

O município destinou cerca de 1 milhão de euros para investimentos, já que, como “principal empregador” da ilha, reserva 800 mil euros para despesas com pessoal e 700 mil para despesas de funcionamento.

Entre os principais projetos a desenvolver em 2020, José Manuel Silva destacou a continuação da requalificação das ruas do núcleo antigo do Corvo, orçada em 420 mil euros, e um trabalho de levantamento e demarcação dos caminhos antigos e de recolha de memórias da população, que custará 100 mil euros.

O autarca realçou ainda a ampliação da reserva biológica da ilha, a criação de um plano de pormenor da zona antiga da vila, que defina as condições de reabilitação, e a continuação da requalificação do parque de campismo.

Segundo José Manuel Silva, o orçamento para 2020 é inferior ao de 2019, porque a receita é menor, mas os impostos e taxas municipais mantêm os mesmos valores dos últimos seis anos.

“O orçamento este ano é de 2,5 milhões de euros, sensivelmente. É inferior ao ano passado, o que tem a ver com a receita. Temos menos investimento previsto comparticipado, portanto a receita baixa”, revelou.

Quanto à dívida do município, está “perfeitamente controlada”, representando um “encargo anual de 120 mil euros”, de acordo com o autarca.

“Não contraímos nenhum empréstimo, mas temos compromissos assumidos anteriormente e é estes que estamos a pagar”, salientou.

O orçamento foi aprovado, em assembleia municipal, com os votos favoráveis do PS e de um deputado da coligação CDS-PP/PPM, tendo os restantes votado contra.

O deputado monárquico Paulo Estêvão, que falou em nome da coligação, justificou o voto com a “baixíssima execução” do orçamento e com o “péssimo desempenho” do presidente da câmara municipal.

“A câmara municipal tem uma atitude arrogante e prepotente, com taxas de execução baixíssimas e não tem obra. O que há são obras do Governo Regional”, afirmou, alegando que o orçamento demonstra “falta de ambição e de visão estratégica”.

Segundo Paulo Estêvão, “há muito a fazer em requalificação urbana”, os caminhos rurais “estão uma lástima” e os reservatórios de água para a agricultura “continuam sem funcionar”, mas “não vale a pena apresentar propostas na assembleia municipal”, porque o executivo camarário “não as aplica”.


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