Autor: Lusa/AO Online
“Através dos cabos submarinos, seremos capazes de construir uma infraestrutura de cabos inteligentes, em conjunto com um sistema de observação da Terra. Os Açores, as ilhas da Madeira, Cabo Verde, entre outras ilhas no Atlântico ficarão ligadas as estas redes e, se pusermos os censores necessários em todos os cabos, podemos combinar informação sísmica, biodiversidade no fundo dos oceanos, com o mapeamento, a par do sistema de observação terrestre”, declarou Manuel Heitor durante o evento‘All-Atlantic R&I for a Sustainable Ocean: Ministerial High-level & Stakeholders Conference’, promovido no âmbito da presidência portuguesa do Conselho Europeu, que decorre em Ponta Delgada.
“Os cabos submarinos inteligentes, apresentados nos últimos dois dias, serão certamente uma característica única e vão, de novo, colocar os Açores no centro do nosso debate”, declarou Manuel Heitor.
O titular da pasta da Ciência recordou que na quarta-feira foi inaugurado “um novo cabo, e único, entre o continente europeu e a América Latina (Yellow link) que irá permitir, pela primeira vez, multiplicar por dez as bandas de comunicação, providenciando também, pela primeira vez, linhas de alta velocidade” para o Sistema Europeu de Observação da Terra (Copernicus).
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior considerou que os Açores “são o futuro” e “constituem um laboratório vivo, único, para a investigação e inovação”, adiantando que a região tem “capacidades únicas” nas energias renováveis, nos recursos biomarinhos, a par de atividades relacionadas com o espaço, entre outras valências, como a atividade sísmica.