Autor: Lusa/AO Online
Em comunicado, a ANEFA lembrou que as empresas atravessam “graves dificuldades”, devido ao aumento dos preços dos combustíveis e dos custos de produção, e, por isso, “não conseguirão suportar qualquer paragem”, como a que está a ser imposta devido à vaga de calor e elevado risco de incêndio, “sem que haja uma compensação”.
“Terá quem nos governa a noção de que se nada se fizer, corremos o risco de metade das empresas florestais já não existirem no final deste verão? Estamos a falar de pelo menos 1.000 empresas de forma direta, que empregam no mínimo, cerca de 8.000 pessoas”, vincou a associação.
A ANEFA contestou a decisão do Governo, por proibir a circulação e a realização de trabalhos em espaços florestais e rurais, lembrando que, em 2020 apresentou um conjunto de propostas, que visavam “ajudar a aprender a viver com esta realidade, sem que se tomassem medidas cegas em relação a quem trabalha nas áreas florestais”, mas apenas “meia medida” foi espelhada em decreto-lei.
“Afastam-se indiscriminadamente as empresas que, habituadas ao seu território, que conhecem melhor do que ninguém, contribuem de alguma forma para a remoção do combustível presente nos locais e que quase sempre constituem parte da primeira intervenção”, defendeu a associação.
Para
a ANEFA, “é óbvio que há trabalhos que, pela sua natureza, têm de
parar”, para diminuir o risco de incêndio, “mas também é óbvio que há
trabalhos que até ajudam na redução do risco de incêndio, através da
remoção de combustível ou da limpeza das áreas associada às preparações
de terreno”.