Açoriano Oriental
Arquipélago de Escritores inclui oficina de escrita de letras e canções

Este ano o Arquipélago de Escritores virou também agulhas para a música. Gimba foi um dos nomes escolhidos para esta edição. O produtor e cantautor português orientou uma oficina de escrita para canções que decorreu de 7 a 9 de outubro na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.

Arquipélago de Escritores inclui oficina de escrita de letras e canções

Autor: Tatiana Ourique / AO Online

Para o músico que já conta com mais de 40 anos de carreira e que esteve, inclusivamente, na génese da criação dos Xutos e Pontapés, há vários meios de aprender a escrever letras de canções: “se por um lado, pode aprender-se pela experiência e pela repetição, por outro, existe literatura estrangeira bastante competente. Mas para dominar as vicissitudes do português e todos os seus truques, aconselho frequentar a Oficina do Gimba”.

Eugénio Lopes, mais conhecido por Gimba, garante que pode ensinar a escrever canções através de três metodologias: “por um lado a minha experiência de mais de 40 anos de escrita de canções, por outro visitamos os "denominadores comuns" de muitas canções de sucesso de autores reconhecidos e por último, uma pequena abordagem às tais temáticas dos livros estrangeiros que já referi”.

Eugénio tem 44 anos de carreira ao serviço da música. Fez parte de bandas que marcaram de forma indelével a história da música portuguesa. "Afonsinhos do Condão", "Os Irmãos Catita", "Ena Pá 2000" e “Xutos e Pontapés” fizeram parte do seu percurso. Entretanto foi (e ainda é) produtor de nomes mais atuais como Boss Ac, Deolinda, Tim, entre outros. Um caminho que, admite, “foi um enorme prazer percorrer. E, como se diz, "quem corre por gosto…".

Arrojo poderia ser o seu nome do meio, “aliado ao prazer e ao gosto de fazer música o se esses elementos um dia desaparecerem, será altura de arrumar as botas”, assume o convidado do Arquipélago de Escritores.

Bandas sonoras para filmes e programas de televisão, também constam do seu currículo. Gimba garante que escrever para televisão tem a pressa como inimiga. “Eu diria que é o tempo curto. Geralmente há prazos apertados e tem de se produzir trabalho de qualidade em muito pouco tempo. Geralmente "para ontem”.

Em jeito de convite, Gimba garante que os açorianos podem “descobrir segredos que estavam escondidos debaixo da própria língua. E isto em

ambiente descontraído e informal. Vão com certeza divertir-se”, garante, quando se refere à oficina de escrita que terá lugar na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.


PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados