Açoriano Oriental
Viagens de residentes no 1.º trimestre "ligeiramente acima" dos níveis de 2019

As viagens turísticas dos residentes em Portugal, feitas no país e no estrangeiro, aumentaram 195,6% no primeiro trimestre, em termos homólogos, ficando “ligeiramente acima” (0,3%) do primeiro trimestre de 2019, impulsionadas pelas viagens nacionais, divulgou o INE.

Viagens de residentes no 1.º trimestre "ligeiramente acima" dos níveis de 2019

Autor: Lusa/AO Online

“No primeiro trimestre de 2022, os residentes em Portugal realizaram 4,7 milhões de viagens, o que correspondeu a um acréscimo de 195,6% (+96,1% no quarto trimestre de 2021)”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo explica, “esta variação significativa ficou a dever-se às fortes restrições às deslocações no contexto pandémico no primeiro trimestre de 2021, quando as deslocações tinham diminuído 55,3% em território nacional e 89,5% com destino ao estrangeiro”.

Estes valores ficaram “ligeiramente acima” dos níveis do primeiro trimestre de 2019 (+0,3%), pré-pandémico, “em resultado da variação observada nas viagens nacionais (+3,6%), dado que as viagens ao estrangeiro continuaram a registar uma variação negativa (-23,0%)”.

“As viagens em território nacional corresponderam a 90,5% das deslocações (4,2 milhões) e aumentaram 175,8% (+3,6% face ao primeiro trimestre de 2019). As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 846,9%, mas ficaram ainda 23,0% abaixo dos níveis de 2019, totalizando 443,4 mil viagens, o que correspondeu a 9,5% do total (8,7% no quarto trimestre de 2021)”, precisa o INE.

O número de viagens aumentou em todos os meses do trimestre: +179,3% em janeiro, +266,0% em fevereiro e +156,8% em março. Face aos mesmos meses de 2019, fevereiro registou um acréscimo de 8,5%, enquanto em janeiro e março se observaram reduções de 2,8% e 4,6%, respetivamente.

No período em análise, a ‘visita a familiares ou amigos’ foi a principal motivação para viajar (2,2 milhões de viagens, +187,7%; +4,4% face ao primeiro trimestre de 2019), apesar da perda de representatividade (46,1% do total, -1,3 pontos percentuais face ao primeiro trimestre de 2021).

Já o motivo ‘lazer, recreio ou férias’ correspondeu a 1,8 milhões de viagens (39,2% do total, +13,0 pontos percentuais), revelando o maior acréscimo, de 342,2% (+3,0% em relação ao primeiro trimestre de 2019).

As viagens por motivos ‘profissionais ou de negócios’ (431,8 mil) aumentaram 90,0% (-31,1% face a 2019; +47,8% no quarto trimestre de 2021), embora a sua representatividade tenha diminuído (9,2% do total; 14,3% no primeiro trimestre de 2021).

Os ‘hotéis e similares’ concentraram 21,9% das dormidas resultantes das viagens turísticas no primeiro trimestre de 2022, reforçando a sua representatividade (+16,3 pontos percentuais), mas o ‘alojamento particular gratuito’ manteve-se como a principal opção (71,0% das dormidas, -17,6 pontos percentuais).

De acordo com os dados do INE, no processo de organização das deslocações, a Internet foi utilizada em 20,4% dos casos (+15,6 pontos percentuais), tendo este recurso sido opção em 67,5% (+29,5 pontos percentuais) das viagens para o estrangeiro e em 15,4% (+11,7 pontos percentuais) das viagens em território nacional.

No primeiro trimestre de 2022, cada viagem teve uma duração média de 2,85 noites (4,46 noites no primeiro trimestre de 2021; 2,70 noites no primeiro trimestre de 2019).

Em janeiro e março a duração média foi 3,05 noites, enquanto fevereiro registou uma duração de 2,49 noites.

A proporção de residentes que realizou pelo menos uma deslocação turística no primeiro trimestre de 2022 foi de 19,0%, um acréscimo de 12,9 pontos percentuais face ao mesmo período do ano anterior (19,2% no primeiro trimestre de 2019).

Neste trimestre, a percentagem de residentes que viajaram registou acréscimos em todos os meses, face ao mesmo período de 2021 (+6,5, +8,7 e +7,0 pontos percentuais, de janeiro a março, pela mesma ordem).

Já em comparação com os mesmos meses de 2019, as variações observadas foram -0,8, +1,1 e +0,1 pontos percentuais, respetivamente.


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