Autor: LUSA/AOnline
A equipa portuguesa, que sábado venceu 1-0 o primeiro dos dois jogos frente à Bósnia, fez ontem de manhã o último treino no Estádio Nacional antes da partida para Sarajevo, notando-se apenas as ausências de Deco e Bruno Alves, que ficaram no hotel a fazer tratamento, entre os convocados do técnico Carlos Queiroz.
“A Bósnia gosta de atacar e isso é bom para a equipa portuguesa. Gostamos de defrontar equipas assim. Vão abrir espaços e não vamos remeter-nos à defesa. Se fizermos um golo, vai ser difícil para eles”, disse o defesa central do Chelsea, à entrada para o último treino da selecção antes da partida para Sarajevo, ontem à tarde.
O defesa central do Real Madrid Pepe partilha da opinião do companheiro de equipa, admitindo, todavia, que a selecção portuguesa vai ter de jogar concentrada em Zenica.
“Vai ser preciso um espírito de sacrifício muito grande. Vamos tentar marcar, porque, se o fizermos, eles vão ter de apontar três golos”, disse Pepe.
Pepe reiterou que, se Portugal quiser estar no Mundial da África do Sul, tem que pensar em marcar um golo na Bósnia, admitindo que seria bom repetir o golo que fez à Hungria, quando marcou logo no início do jogo de Budapeste (1-0).
“Era muito bom se pudesse acontecer, mas o mais importante é que a equipa vá para lá com um espírito de sacrifício muito grande e, não só eu, mas os meus colegas também, que tenhamos a possibilidade de fazer um golo”, referiu.
O defesa dos “merengues” disse ainda que a selecção está preparada para a possibilidade das grandes penalidades - um dos aspectos em foco no treino de hoje - e que todos têm experiência internacional para um cenário que obrigue a esse desempate.
Em relação à hipótese de poder jogar a trinco, como o fez no jogo de sábado no Estádio da Luz, o jogador vincou que a sua posição de raiz é a central, mas tenta sempre dar o seu melhor em prol da equipa.
“O meu objectivo é que Portugal ganhe e vou dar sempre o meu melhor”, referiu.
Ricardo Carvalho também falou na importância de um golo em terreno bósnio, num jogo no qual acredita que os adversários vão abrir mais espaços, por terem a necessidade de inverter o resultado.
O defesa salientou o mérito da Bósnia nos lances do jogo de sábado, em que atirou ao poste e à barra da baliza de Eduardo, mas considerou que Portugal teve sempre o controlo da partida, frente a um adversário muito forte na frente.
“Do meio-campo para a frente são bons jogadores, os avançados são bons, jogam na Alemanha e são perigosos”, disse.
Um ambiente adverso em Zenica não preocupa o defesa do Chelsea, que espera contrariar isso no desenrolar do jogo.
“Temos que ter a bola, tentar jogar e ser perigosos. Eles estão com muita esperança, mas nós também. Se fizermos um golo será bastante complicado para eles”, acrescentou.