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Transmissão de VIH de mãe para filho cai para menos de 2% em 10 anos
A transmissão de VIH de mãe para filho é inferior a dois por cento em Portugal, quando há uma década era de 25 por cento, o que é considerado por especialistas como um "grande sucesso" na prevenção da infecção.

Autor: Lusa / AO online
De acordo com Elizabeth Pádua, do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, no início dos anos 1990 a taxa de transmissão do VIH das grávidas para os bebés era de 25 por cento, estando desde 2005 sempre abaixo dos dois por cento.

Dados recolhidos até Outubro deste ano mostram que em 2007 só 0,5 por cento das mães com VIH transmitiram o vírus aos seus filhos.

"Isto é um grande sucesso na prevenção nesta área. Estamos ao nível dos países mais desenvolvidos", sublinhou Elizabeth Pádua.

Em 2006, esta percentagem foi de 1,8 por cento e em 2005 de 0,4 por cento.

Para este decréscimo na taxa de transmissão contribuiu o facto de todas as grávidas acompanhadas no Serviço Nacional de Saúde fazerem o teste ao VIH e, naquelas em que é detectado o vírus, ser realizada profilaxia (prevenção do contágio).

Num encontro com jornalistas, o médico Eugénio Teófilo explicou ainda que, nas grávidas com VIH, é sempre feita cesariana e promovido o aleitamento artificial, para minimizar os riscos de transmissão do vírus.

Nesta sessão, os especialistas frisaram ainda a importância de melhorar os processos de medicação dada aos doentes com VIH.

Uma vez que a adesão dos doentes à medicação é muitas vezes problemática, por medo dos efeitos secundários e por receios de tomarem os fármacos na presença de outras pessoas, Eugénio Teófilo considerou que o caminho a seguir é tornar a toma o "menos penosa possível para o doente".

A toxicidade da medicação tem "melhorado bastante" e conseguiu-se já passar de várias tomas por dia para apenas uma dose diária, mas o ideal seria que a medicação conseguisse passar a ser semanal.
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