Açoriano Oriental
Televisão do Hezbollah acusa Twitter de suspender contas por "presão política"

O canal de televisão do movimento xiita libanês Hezbollah, Al-Manar, acusou este sábado o Twitter de ter suspendido “a maioria” das suas contas, considerando que aquela rede social parece ter “cedido às pressões políticas”.

Televisão do Hezbollah acusa Twitter de suspender contas por "presão política"

Autor: AO Online/ Lusa

“Conta suspensa, o Twitter suspende contas que violam as regras do Twitter”, lê-se num ‘post’ da conta @almanarnews.

O movimento xiita Hezbollah, que está representado no governo e no parlamento, é classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos da América desde 1997.

"Não há espaço no Twitter para organizações terroristas ilegais e grupos extremistas violentos", disse um porta-voz da rede social sobre os motivos da suspensão, citado pela AFP.

As contas em francês, inglês e espanhol do canal de televisão foram suspensas, mas outras contas do Al-Manar continuam a funcionar sem problemas.

No seu ‘site’, o canal de televisão escreveu que “o Twitter bloqueou a maioria das contas sem aviso prévio”.

"Parece que [o Twitter] cedeu à pressão política", é ainda referido pelo canal de televisão, que acrescenta ter “quase um milhão de seguidores” naquela rede social.

A situação no Líbano está a começar a normalizar, com a diminuição dos protestos que estavam a paralisar o país desde 17 de outubro e a reabertura das principais estradas do país, dos bancos e de lojas.

Na quinta-feira, o Presidente do Líbano, Michel Aoun, apelou à formação de um Governo "produtivo" composto por ministros escolhidos pelas suas "competências", após duas semanas de protestos contra o poder, acusado de corrupção e incompetência.

As declarações do chefe de Estado ocorreram dois dias após o primeiro-ministro, Saad Hariri, ter renunciado ao cargo, não resistindo à onda de protestos contra o seu Governo.

Os manifestantes exigiam a renúncia do Governo e com fortes críticas à classe política que dirige o país desde a guerra civil de 1975-1990.

A renúncia de Saad Hariri ainda não foi formalmente aceite pelo Presidente do Líbano, Michel Aoun, que pode decidir – pelo menos temporariamente – que o primeiro-ministro se mantenha em funções num Governo provisório para gestão dos assuntos correntes.

O frágil equilíbrio de poder no Líbano decorre dos acordos saídos da guerra civil, em que o primeiro-ministro deverá ser um muçulmano sunita, o presidente do parlamento um xiita e o Presidente da República um cristão-maronita.


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