Açoriano Oriental
Motocross
“Segundo lugar foi inesperado e o sexto à geral foi magnífico”

Luís Correia conseguiu o melhor resultado de sempre de um piloto português nos seis dias de enduro. O piloto falou ao Açoriano Oriental deste resultado, após o GP dos Açores. Também Rui Gonçalves descreveu o que é ser-se vice-campeão do Mundo em MX2

 

“Segundo lugar foi inesperado e o sexto à geral foi magnífico”

Autor: Susete Rodrigues

O melhor piloto português, que levou a selecção nacional ao sexto lugar da geral na 84ª edição dos FIM International Six Days Enduro, refere ter sido um resultado inesperado e fantástico.
No final da prova de domingo que contou para o Nacional de MX2, o Grande Prémio dos Açores, Luís Correia ainda a ressentir-se fisicamente afirmou que “sabia que ia ser difícil porque seria entrar em circuitos que não conhecia e entrar logo ao atacar”,  para explicar que enquanto piloto de motocross “gosto de conhecer bem os sítios que vou pisando”.
Recorde-se que este foi o melhor resultado de sempre de um piloto português nesta competição. De acordo com Luís Correia, “consegui atacar logo no primeiro dia e manter-me nos lugares cimeiros, e fazer segundo lugar na classe foi uma coisa completamente inesperada e sexto lugar à geral foi magnífico”.
No que diz respeito à prova do Nacional, que decorreu em São Miguel, o piloto da Yamaha salientou ter sido complicado.
“Sabia que ia ser uma prova muito difícil, pois a nível físico não consegui recuperar, foram seis dias a andar de moto e é impossível recuperar numa semana. É um desgaste muito grande”, frisou.
Luís Correia declara que “um bom arranque era essencial e conseguiu dois bons arranques. Na primeira manga fiz ainda um forcing, e para fazer um segundo lugar na segunda manga as coisas não correram tão bem, o Hugo Basaúla está bastante forte, muito mais rápido do que eu e conseguiu assumir o segundo lugar e acabei por fazer terceiro”.
No entanto em termos globais foi “bastante positivo visto que a nível físico seria muito complicado assumir o ritmo desta corrida”.
Faltam ainda duas provas do Nacional de MX2: no dia 15 de Novembro em Marinha das Ondas (Figueira da Foz) e a 22 do mesmo mês em Freixo de Espada à Cinta (Bragança).
Destas, Luís Correia destaca a primeira, já que esta pista tem a particularidade de ter um piso de areia, onde o piloto se sente confortável.
Por isso “tenho bastante à-vontade e penso que será aí que vou tentar atacar o título. O Basaúla tem sido muito competitivo, mas vamos ver o que vai acontecer. Está tudo em aberto”, finalizou.

“É mais um extra” - Rui Gonçalves
Também presente em São Miguel e vencedor do GP dos Açores, Rui Gonçalves, vice-campeão do Mundo em MX2, falou da conquista deste feito, afirmando ter sido fruto de muito trabalho.
“Este ano foi a minha melhor prestação no Mundial de MX2. Ser-se vice-campeão do mundo não é todos os dias que se consegue. Foi fruto de muita dedicação e trabalho e sem dúvida que o público português também ajudou”, disse. Rui Gonçalves está entre os cinco finalistas nomeados para Atleta do Ano pela Confederação do Desporto de Portugal - que terá o seu evento nesta quinta-feira no Casino Estoril - e para o piloto “é mais um extra. Já tinha sido nomeado em 2006 e este ano a lista tem nomes como o Nélson Évora e Cristiano Ronaldo, e outros nomes muito fortes do desporto. Mas desde já estou muito contente por fazer parte dos cinco finalistas”.
Em relação à prova, Rui Gonçalves mostrou-se satisfeito não só pela vitória como também pelo seu regresso aos Açores, após oito anos. O piloto agradeceu ainda à organização (Rosinhas V. Clube) e à SR Moto pela sua vinda a São Miguel.

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