Autor: Lusa/AO Online
Numa votação secreta, o partido cumpriu assim a ameaça de afastar Cheney, até agora número três dos republicanos na câmara baixa do Congresso norte-americano, por ter refutado as alegações de Trump sobre a existência de fraude nas eleições presidenciais de novembro, que deram a vitória ao democrata Joe Biden.
Pouco após a divulgação do resultado, Cheney disse aos jornalistas que planeia "liderar a luta" por um Partido Republicano "forte no futuro e garantiu que fará tudo o que estiver ao seu alcance para evitar que Trump "volte a aproximar-se da Sala Oval".
Acrescentou que o partido deveria assegurar-se de que elege como líder e próximo candidato alguém que esteja comprometido com a Constituição, o que na sua opinião não acontece com Trump.
Cheney, filha do ex-vice-Presidente Dick Cheney, era a mulher republicana com o mais alto cargo no Congresso e o seu afastamento interrompe a sua rápida subida na hierarquia do partido.
A decisão era esperada num Partido Republicano ainda muito alinhado com o ex-presidente Trump e que não aceita as vozes que rejeitam as alegações de fraude eleitoral.
Pouco depois de se conhecer o resultado da votação, Trump divulgou um comunicado em que se referiu a Cheney como "um ser humano amargurado e horrível", "má" para o Partido Republicano e que "não tem personalidade nem nada de bom a dar à política ou ao país".
Trump acusou a congressista pelo Wyoming de utilizar o discurso dos democratas em todos os temas, desde a crise na fronteira até à "destruição da economia".
“Espero vê-la em breve como colaboradora assalariada da CNN o da MSDNC”, disse o ex-presidente.