Autor: Lusa/AO Online
Segundo o banco central cabo-verdiano, os emigrantes residentes em Portugal, "país que enfrenta uma das piores crises financeiras da Europa", totalizaram 458 mil contos (4,15 milhões de euros), valor que confirma o crescimento contínuo dos envios que, em maio, foram de 288,7 mil contos (2,61 milhões de euros) e, em junho, de 303,8 mil contos (2,75 milhões de euros).
Atrás das "remessas portuguesas", estão as dos emigrantes que vivem em França, que enviaram para Cabo Verde 332,5 mil contos (3,01 milhões de euros), Estados Unidos (185,9 mil contos - 1,68 milhões de euros), Holanda (104,4 mil contos - 946,8 mil euros) e Itália (87,6 mil contos - 794,4 mil euros).
Os restantes países - Reino Unido, Suíça, Angola, Luxemburgo, Alemanha e Espanha - também registaram aumento das remessas, mas os montantes situam-se abaixo dos 50 mil contos (453,4 mil euros) por país.
A curiosidade dos dados do banco central cabo-verdiano reside no facto de os números das remessas terem também em conta a naturalidade dos emigrantes, com os originários da Cidade da Praia e constituírem-se como os "mais generosos" (311,51 mil contos - 2,85 milhões de euros), à frente dos de São Vicente (259,86 mil contos - 2,35 milhões de euros).
Seguem-se os emigrantes de Santa Catarina de Santiago (209,91 mil contos), Tarrafal de Santiago (131,88 mil contos), São Nicolau (94,18 mil contos), Fogo (73,18 mil contos), Santa Cruz (59,86 mil contos) e Ribeira Grande (47,83 mil contos).
Os restantes receberam verbas abaixo dos 40 mil contos - Sal (39,85 mil contos), Boavista (39,36 mil contos). Porto Novo (36,97 mil contos), Maio (25,87 mil contos) e Brava (23,19 mil contos).