Açoriano Oriental
Regata de barcos-dragão volta a animar e a dar cor às águas do Tejo
Pelo segundo ano consecutivo, a regata de barcos-dragão animou e deu cor ao Tejo numa iniciativa que juntou hoje quase uma centena de participantes e muitos espectadores, não só pelo convívio, mas também pela descoberta de uma tradição milenar.

Autor: Lusa / AO online

A iniciativa é organizada pela Fundação Oriente em conjunto com a Associação Naval Amorense, instituição que começou a dedicar-se a este tipo de desporto com o restauro de alguns exemplares de barcos-dragão que ficaram da Expo 98 e dos quais tomaram conta.

"Isto apareceu o ano passado porque eles [Associação Naval Amorense] tinham os barcos já um bocadinho estragados, já tinham dez anos, e pediram-nos para apoiar a recuperação dos barcos. Nós demos um subsidio, mandámos vir remos de Macau e outras peças que eles precisavam", explicou à Lusa João Amorim, da Fundação Oriente.

Para este responsável, a regata é, acima de tudo, um exemplo "de convívio e confraternização entre quem preserva" a cultura dos barcos-dragão, um convívio que junta miúdos e graúdos na mesma embarcação.

Antes da regata começar e para que comece da melhor maneira, com boa-sorte e bons ventos para todos os participantes, importa primeiro dar lugar à dança do Dragão, onde uma dezena de alunos da escola de artes marciais chinesas She-Si empunharam um grande dragão de papel laranja e executaram várias coreografias.

Depois da dança, todos os participantes tomaram o seu lugar em cada uma das longas embarcações de madeira, diferentes pelas caudas e cabeças de dragão pintadas em várias cores.

"São barcos com o formato do corpo de um dragão que são compostos por 22 atletas, um no tambor, outro no leme e dez de cada lado com um remo que vão procurar que o ritmo e a coordenação dos movimentos seja feita em uníssono, tal como um dragão, em que todos remam para o mesmo lado", explicou o presidente da escola She-Si.

Para Paulo Araújo, é não só uma forma de transmissão de conhecimentos, mas também de convívio.

"Mais do que partilhar as tradições de um povo, neste caso a cultura da China e de Macau, é também uma forma lúdica de praticar e fazer desporto, uma forma salutar e de entretenimento também, mas com alguma tradição e rituais à mistura", considerou o mestre de artes marciais.

A regata contou com a participação de 14 embarcações, mais cinco do que em 2008, provenientes da Associação Naval Amorense, Associação Náutica do Seixal, Alhandra Sporting Clube, Associação Naval de Lisboa, Clube do Mar Costa do Sol, Turismo de Macau, Clube Náutico Salvaterra de Magos e Clube Luz e Vida.

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