Autor: Lusa
Maria João Carreiro, questionada na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa Regional dos Açores pelo deputado socialista Carlos Silva, considerou que se trata de uma dotação orçamental “realista” e que “reflete o endividamento zero do Plano”.
A governante especificou que se tratam de “ações de formação e divulgação com o objetivo de criar momentos com impacto junto da comunidade visando o seu esclarecimento”.
A responsável política, que foi hoje ouvida no parlamento sobre as propostas do Plano Regional Anual e do Orçamento da Região para 2023, referiu que as alterações “estão abaixo das execuções orçamentais nos últimos anos”.
“De modo algum a redução na verba compromete as suas ações, pelo contrário, os valores indicados superaram as taxas de execução nestas rubricas, que rondam os 76% face ao ano transato”, concretizou.
Maria João Carreiro, ouvida também na Comissão de Economia sobre o artesanato, apontou que as verbas na área são de 612 mil euros, sendo que o plano de investimentos propõe quatro ações, a primeira das quais a competitividade, a inovação e a qualificação do artesanato.
Acresce o artesanato criativo e empreendedor, o sistema de incentivos ao desenvolvimento do artesanato e a promoção, comercialização e internacionalização.
A titular da pasta da Qualificação Profissional apontou que o Centro de Artesanato e Design dos Açores pretende “efetuar uma forte aposta na promoção do artesanato e dos artesãos no mundo digital, visando reformular as suas presenças na ‘web’ e desmaterializar os processos que são efetuados em papel”.
Maria João Carreiro apontou que o investimento na área do digital no contexto do artesanato “pretende criar um catálogo e um museu digital que concentre todas as artes e ofícios históricos num único ponto, com foco no artesão”.
“A transição digital do artesanato vai admitir novos canais de comunicação e comercialização com vista à aproximação dos produtos artesanais açorianos a novos segmentos do mercado”, declarou a secretária regional, que salvaguardou que se pretende promover a qualificação profissional e certificada do artesanato.
Vai ser, entretanto, criado em 2023 um prémio carreira, que será uma homenagem a um mestre artesão e cuja obra ficará patente numa exposição.
O Plano de 2023 prevê a implementação do Plano Tecnológico das Artes e Ofícios, que será designado por Azorescraftlab, uma “comunidade de conhecimento aberta a mestres artesãos, aos jovens artesãos, ‘designers’ e investigadores, a par de empreendedores e técnicos especialistas para pesquisa e desenvolvimento tecnológico e aprendizagem das técnicas e saberes artesanais, estimulando-se assim a sua renovação”, de acordo com Maria João Carreiro.