Autor: Lusa/AO Online
"O PSD deveria saber, de antemão, que uma estrutura daquelas tem de obedecer a regulamentação internacional e, por isso, é ridículo, apenas quatro dias depois daquele incêndio, vir pedir justificações a correr e de cabeça perdida, preferindo ser parte do problema em vez de ajudar na solução", afirmam em nota à imprensa os deputados socialistas açorianos José Ávila, Manuel Ramos e Ricardo Ramalho, eleitos pela Graciosa.
Os socialistas respondiam a um comentário do deputado do PSD/Açores João Bruto da Costa, também eleito pela Graciosa, que disse que o incêndio na aerogare local está a afetar a exportação de pescado, tendo questionado o Governo Regional, socialista, sobre a retoma das condições de operacionalidade.
Em relação à exportação de pescado que foi afetada, “o deputado do PSD sabe, ou devia saber se tivesse ouvido os representantes do setor na ilha, que o membro do Governo que tutela o setor das pescas já se reuniu com a Associação de Comerciantes de Pescado dos Açores, com a Federação de Pescas dos Açores e com a própria Associação de Pescadores Graciosenses", sinalizam os três parlamentares do PS.
E concretizam: "Os bombeiros deram o melhor de si para debelarem o incêndio, os trabalhadores da SATA esforçaram-se, e vão continuar a esforçar-se, para obviar os constrangimentos, os representantes dos pescadores procuraram soluções e o PSD, sem nada ter feito, vem debitar palavras vãs com o intuito, sempre presente na sua ação politica, de ganhar tempo de antena, mesmo que o faça às custas da desgraça” do povo.
O social-democrata João Bruto da Costa questionou o executivo açoriano acerca de uma previsão para a reposição das condições de exportação na ilha e sobre se a tutela prevê implementar "mecanismos alternativos ou de compensação aos profissionais da pesca por esta paragem forçada, caso a situação não seja rapidamente resolvida".
Para o deputado, "todo este processo parece mostrar alguma desinformação entre Governo, autoridades aeroportuárias e gestores daquela valência, daí também a importância” de se questionar “os responsáveis regionais sobre o assunto".
Em causa está um incêndio que deflagrou, no domingo à noite, na aerogare da ilha da Graciosa.
Segundo adiantou à Lusa, na altura, fonte da Proteção Civil, o fogo, que chegou a ter uma "dimensão considerável", atingiu a zona das cargas, não tendo alcançado a zona dos passageiros nem a torre de controlo.